Amados Leitores,
Achei esse texto maravilhoso, que traz uma profunda reflexão. Para aqueles que ainda não acreditam que a Espiritualidade é uma só, no máximo se divide em Luz e Trevas e mesmo assim há muitos trabalhadores da luz no lado contrário e muitos do outro lado tendo a permissão de atuar pelo descuido da humanidade. Muitos desses abnegados espíritos de luz, dignos representantes do Pai Celestial, trabalham em várias frentes, muitas vezes precisam se disfarçar de "loiros e de olhos azuis" pra poderem se manifestar...TODO MEU AMOR, MEU RESPEITO E MEU CARINHO PELOS PRETOS E PRETAS VELHAS DO UNIVERSO DE MEU DEUS!!! EU ADOREI AS ALMAS!!!
"Certa vez Dona Clotilde uma distinta senhora de classe média, viu-se nos seus 60 anos de idade, frente a inúmeros problemas de saúde. Após infindáveis visitas aos médicos, os resultados que conseguia eram pequenos, mas continuava a distinta senhora a contornar os seus problemas de saúde.
Uma das empregadas de sua residência ao notar seu estado doentio, lhe sugeriu uma visita a um templo de Umbanda.
Dona Clotilde havia recebido em
sua vida uma educação esmerada, estudou no exterior e casou-se na juventude com
rapaz de família tradicional. Sua família embora católica, freqüentava
periodicamente reuniões kardecistas (espíritas) e nessas reuniões havia ouvido
muito falar da Umbanda, sabia ser a Umbanda uma religião que visava ajudar os
humildes e também já tinha conhecimento de suas poderosas forças aliadas do
bem, já ouvira falar de caboclos e pretos velhos e sabia o que representavam.
Por essa razão, resolveu atender o convite de sua humilde empregada e resolveu
comparecer ao templo.
Após duas noites lá estava Dona Clotilde sentada nos bancos de madeira de um humilde templo de umbanda na periferia da cidade. Os trabalhos daquela noite seriam desenvolvidos pela linha dos pretos velhos. Após a abertura dos trabalhos, a linha de preto velho se fez presente e iniciou-se o atendimento. Gente de todas as classes sociais e com os mais diferentes problemas passou a ser atendida em consultas pela linha de origem africana.
Quando chegou sua vez de ser atendida, sentou-se num banquinho na frente de uma jovem médium que incorporava um preto de velho de nome Pai Pedro de Moçambique. O preto velho após observara debilitada senhora lhe disse:
- “A mizinfia tá muito doente, mas o véio tem remédio zimbão prá
mizinfia tomá”.
Em seguida ordenou ao seu cambone (médium auxiliar) que escrevesse:
- A mizinfia vai pega casca de ovo sem cozinhá, vai torra no forno, dispois vai moe as casca, mistura com leite morno e vai bebe toda as noite um copo bem cheio.
Feito isso, o Pai Pedro solicitou a ela que retornasse na semana seguinte para continuar com seu tratamento.
Em seguida ordenou ao seu cambone (médium auxiliar) que escrevesse:
- A mizinfia vai pega casca de ovo sem cozinhá, vai torra no forno, dispois vai moe as casca, mistura com leite morno e vai bebe toda as noite um copo bem cheio.
Feito isso, o Pai Pedro solicitou a ela que retornasse na semana seguinte para continuar com seu tratamento.
A Dona Clotilde um pouco
desapontada foi-se embora, não esperava receber a receita de tal remédio
absurdo. No caminho para casa raciocinava ela:
Mas que absurdo comer cascas de ovo torradas, pensava ela, como me deixei trazer por aquela empregada a este fim de mundo em meio a esta gente miserável.
Mas que absurdo comer cascas de ovo torradas, pensava ela, como me deixei trazer por aquela empregada a este fim de mundo em meio a esta gente miserável.
Ao chegar em casa não deu ouvidos ao pedido do Pai Pedro e jogou o papel no lixo.
Os anos se passaram e a situação de Dona Clotilde agravou-se. Certa tarde Dona Clotilde muito doente recebeu a visita de uma de suas amigas, que era kardecista e dirigia um renomado centro espírita. Aconselhada pela amiga resolveu fazer uma visita ao centro espírita em dia determinado, ocasião em que o espírito do Dr. Pedro Pereira que havia sido em vida um médico renomado lá incorporava, dava consultas e conseguia verdadeiros milagres junto as pessoas doentes.
Contente pelas palavras da amiga, na noite seguinte lá estava Dona Clotilde sentada nas cadeiras do centro espírita aguardando ser atendida. Os trabalhos da noite se iniciaram com normalidade, a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo foi feita aos presentes e no ambiente a sensação de paz se instalou.
Iniciou-se em seguida o atendimento aos presentes pelo Dr. Pedro. Chegada a sua vez, sentou-se frente a um médium sexagenário que incorporava o Dr. Pedro Pereira que disse aos seus auxiliares:
- Nossa querida irmã encontra-se muito doente, atualmente o seu maior problema é a osteoporose. (Osteoporose = doença degenerativa dos ossos que em fase avançada deixa os ossos fracos e porosos, situação em que fraturas espontâneas são comuns, as vezes apenas o peso do próprio corpo já é suficiente para ocorrerem fraturas nas pernas) e ministrou a ela a seguinte receita:
- A querida irmã deve torrar cascas de ovo cru, em seguida moer as cascas e misturá-las em leite morno e deve tomar todas as noites um copo desse preparado.
Ao ouvir isso a Dona Clotilde disse ao Dr. Pedro:
- Que estranho doutor, há muitos anos atrás me passaram a mesma receita!
E o Dr. Pedro respondeu:
- Minha querida irmã, se você tivesse ouvido o Pai Pedro de Moçambique que lhe ensinou esse mesmo remédio, sua atual situação não seria tão grave!
Ao ouvir isso, a Dona Clotilde indagou:
- Mas como o senhor sabe disso?
Respondeu o Dr. Pedro;
- Eu sou o Pai Pedro de Moçambique que ainda incorporo naquele humilde terreiro de Umbanda nas noites de sexta feira e lá atendo e ensino remédios e soluções alternativas aos humildes que não tem como conseguir remédios que são caros. Ensino a eles o que aprendi na senzala junto a outros escravos que trouxeram da África os ensinamentos da milenar e poderosíssima magia africana. Se a irmã tivesse ingerido as cascas de ovo com leite que são ricos em cálcio, sua atual situação não seria tão grave.
Ao ouvir isso a Dona Clotilde pasma, levantou-se abruptamente caindo no chão em seguida, o esforço ao levantar-se foi grande demais para o seu debilitado esqueleto, ocasião em que o seu fêmur (osso da perna) quebrou-se, tendo que ser levada as pressas a um hospital"
Que Oxalá nos abençoe sempre.
Texto retirado Blog Umbanda –
Reino da paz
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