Sejam bem vindos ao Ametista de Luz,
Ametista de Luz é um blog que vem para somar, nunca para competir ou dividir. Estou aqui, à luz da Universalidade Crística que habita em meu coração. Minha religião é Deus e EU SOU LIVRE, pois EU SOU O QUE EU SOU.
Ametista de Luz, representa o caminho que venho trilhando na busca pela minha evolução como ser humano e espiritual e da responsabilidade com a vida ao meu redor. Decidi que era hora de dividir com vocês aquilo em que acredito, aquilo que tenho buscado e o que tenho aprendido. Não tenho intenções de forçar ou violentar consciências, pois cada um é livre para crer ou não e naquilo que quiser. Este blog tem por objetivo levar, agregar conhecimentos, alargar conceitos, desmistificar, permitir novos olhares sobre coisas velhas e estagnadas, descortinar coisas que para muitos ainda estão escondidas.Que através dos conhecimentos diversos das diferentes doutrinas, religiões, filosofias, teosofias que este singelo serviço de amor e luz possa iluminar as vidas de todos aqueles que o acessarem, ajudando-os assim a expandirem suas consciências rumo ao divino que todos somos.Nunca esquecendo que não existem verdades absolutas no Universo e que ninguém é dono dela.
Que eu possa partilhar com vocês essa busca e esse caminho de pura luz que emana de meus Amados Mestre Jesus, o Christo e de Mestre Saint Germain, o Avatar dessa Era da Chama Violeta ou Era de Aquário e da Equipe Espiritual que me guia.
Paz e Luz, Namastê, Axé, Aranauam, Saravá, Motumbá, Salve, Shalom, Kolofé, Shaumbra, Mitakue Oyasin...!!! Anna Aguyrre

sexta-feira, 26 de abril de 2013

MEDIUNIDADE - CONCEITOS E TIPOS




Mediunidade - Conceito

Lamartine Palhano Jr. em seu "Dicionário de Filosofia Espírita", conceitua mediunidade como sendo uma faculdade inerente ao homem que permite a ele a percepção, em um grau qualquer, da influência dos Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa, pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um organismo mais ou menos sensitivo.

Mediunismo:

Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito, visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.

(veja ao final, pequena biografia de Alexander Aksakof).

Mediunato:

Missão mediúnica da qual está investido um médium.
Esta expressão foi criada pelos próprios Espíritos: "Deus me encarregou de desempenhar uma missão junto aos crentes a quem ele favorece com o mediunato" - Joana d’Arc (Capítulo XXXI, comunicação XII, em "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec.

Médium:

(Do latim: medium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens; aquele que em um grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo ostensivo.
Como já foi mencionado, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento dessa faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.


A Predisposição Mediúnica

A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social, da raça, da cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais. Todavia, quanto mais elevado for moralmente o médium, melhor instrumento este se tornará à Espiritualidade.

O Desenvolvimento da Faculdade Mediúnica


O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não podendo, consequentemente, quando o princípio não existe.

As relações entre os Espíritos e os médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois fluidos. Alguns há que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem, donde se segue que não basta ser médium para que uma pessoa se comunique indistintamente com todos os Espíritos.

Combinando os fluidos perispiríticos os Espíritos não só transmitem aos médiuns seus pensamentos, como também chegam a exercer sobre eles uma influência física, fazem-nos agir e falar à sua vontade. Todavia, a elevação moral do médium e seu controle sobre a faculdade que possuí impedirá que os Espíritos inferiorizados se adonem da sua faculdade e paralisem-lhe o livre arbítrio.

Podem os espíritos manifestar-se de uma infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de acharem uma pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo as aptidões que possua. Da diversidade de aptidões decorre que há diferentes espécies de médiuns.

 
MEDIUNIDADE-CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO SEUS EFEITOS:

 Os fenômenos dos efeitos mediúnicos podem ser de duas ordens:

1 – FENÔMENOS DE EFEITOS MATERIAIS, FISICOS ou OBJETIVOS


São os que sensibilizam diretamente os órgãos dos sentidos dos observadores. Podem se apresentar sob variadas formas, tais como:

MATERIALIZAÇÃOde objetos, de Espíritos, etc.

TRANSFIGURAÇÃO – modificação dos traços fisionômicos do próprio médium.

LEVITAÇÃOerguimento de objetos e/ou pessoas, contrariando a Lei da Gravidade.

TRANSPORTEentrada e saída de objetos de recintos hermeticamente fechados.

BILOCAÇÃO OU BICORPORIDADE- aparecimento do Espírito do médium desdobrado sob forma materializada, em lugar diferente ao do corpo.

VOZ DIRETA – vozes dos Espíritos que soam pelo ambiente, independentemente do médium (em termos), através de uma garganta ectoplasmática. Vide ao final significado de ectoplasma.

ESCRITA DIRETA – Palavras, frases, mensagens, escritas sem a utilização da mão do médium.

TIPTOLOGIA – Sinais por pancadas formando palavras e frases inteligentes.

SEMATOLOGIA – Movimento de objetos sem contato físico, traduzindo uma vontade, um sentimento, etc.

2 -FENÔMENOS DE EFEITOS INTELECTUAIS OU SUBJETIVOS

São os que ocorrem na esfera subjetiva, não ferindo os cinco sentidos, senão a racionalidade e o intelecto. Podem se apresentar das seguintes formas:

INTUIÇÃO – Uma modalidade de telepatia, quando a transmissão do pensamento se dá por meio do Espírito do médium, ou melhor de sua alma. Ela recebe o pensamento do Espírito que se manifesta e o transmite. Nessa situação o médium tem consciência do que fala ou escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.

VIDÊNCIA – Faculdade anímica ou mediúnica que permite a uma pessoa perceber imagens da vida espiritual, e mesmo da vida corpórea, independentemente do tempo e da distância.
Audiência – Da mesma forma, faculdade anímica ou mediúnica que permite a uma pessoa escutar os sons do mundo espiritual.

DESDOBRAMENTO – Estado no qual o Espírito do percipiente desloca-se e vai até outros lugares, distantes ou não, fora da dimensão tempo/espaço, e descreve o que vê e o que faz.

PSICOMETRIA – Faculdade que tem o médium de estabelecer contato com toda a vida psíquica de alguém, coisa ou ambiente, podendo perscrutar o passado, o presente e o futuro, bastando para isso que entre em contato com o nome ou um objeto relacionado.

PSICOGRAFIA – É a escrita sob a influência dos Espíritos. Os Espíritos escrevem, impulsionando a mão do médium, seja por uma forte intuição, por um controle parcial do centro motor e com ciência do médium ou por uma ação mecânica absoluta.

PSICOFONIA – Fenômeno mediúnico que, associado ou não a outras modalidades da mediunidade, possibilita a um Espírito falar através do aparelho fonador do médium

À generalidade destes dois últimos tipos de fenômenos intelectuais (psicografia e psicofonia) tem-se denominado vulgarmente de "Incorporação Mediúnica". Ressalte-se, todavia, que não ocorre a "introdução" do Espírito no corpo do médium, mas, sim, uma associação de seus fluidos com os do médium, resultantes das faixas vibratórias em que se encontrem e que pela lei de sintonia e da assimilação se identificam formando um complexo - Emissor -
(Espírito – desencarnado) e Receptor (médium).

 CLASSIFICAÇÃO DOS MÉDIUNS


Inicialmente, podemos classificar os médiuns em:

Médiuns Facultativos ou Voluntários

Médiuns Naturais ou Involuntários

– MÉDIUNS FACULTATIVOS OU VOLUNTÁRIOS:
Só se encontram entre pessoas que tem conhecimento mais ou menos completo dos meios de comunicação com os Espíritos, o que lhes possibilita servir-se, por vontade própria, de suas faculdades. Não que realizem quando queiram os fenômenos, pois sem a vontade do Espírito que se irá comunicar nada conseguirão, porém, são senhores da faculdade que possuem, não permitindo que se dêem comunicações extemporâneas e em momentos impróprios. Sabem que possuem a faculdade e se predispõem ao intercâmbio com o mundo dos Espíritos.

MÉDIUNS NATURAIS OU INVOLUNTÁRIOS:
Também denominados "Inconscientes", pelo Codificador, por não terem consciência da faculdade que possuem. São aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. Existem entre as pessoas que nenhuma idéia fazem do Espiritismo, e nem dos Espíritos, até mesmo entre as mais incrédulas e que servem de instrumento, sem o saberem e sem o quererem. .

Os fenômenos espíritas de todos os gêneros podem operar-se por influência destes últimos, que sempre existiram, em todas as épocas e no seio de todos os povos. A ignorância e a credulidade lhe atribuíram um poder sobrenatural e, conforme os tempos e os lugares, fizeram deles santos, feiticeiros, loucos ou visionários. O Espiritismo mostra que com eles, apenas se dá a manifestação espontânea de uma faculdade natural.

 CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS MÉDIUNS


MÉDIUM DE EFEITO FÍSICO - São os mais aptos, especialmente, à produção de fenômenos materiais, como movimentos de corpos inertes, os ruídos, a deslocação, o levantamento e a translação de objetos, etc. Sempre neste fenômenos há o concurso voluntário ou involuntário de médiuns dotados de faculdades especiais.

MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIVOS- São pessoas suscetíveis de pressentir a presença dos Espíritos, por impressão vaga, como ligeiro atrito em todos os membros, fato que não logram explicar. Tal sutileza pode essa faculdade adquirir; que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas também a sua individualidade.

MÉDIUNS AUDIENTES - São médiuns que ouvem os Espíritos. Algumas vezes é como se escutassem uma voz interna que lhes ressoasse no foro íntimo; doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva.

MÉDIUNS PSICOFÔNICOS OU FALANTES- É a faculdade que permite aos Espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem.
É a faculdade mais freqüente em nosso movimento e possibilita o intercâmbio com o mundo extracorpóreo.

É através dela que os desencarnados narram, quando podem/desejam, os seus aflitivos problemas, recebendo dos orientadores, em nome da fraternidade cristã, a palavra do esclarecimento e da consolação.

O pensamento do Espírito antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, "em tese" de fazer ou não fazer o que a entidade pretende.

Também os Mentores Espirituais, Espíritos trabalhadores da grande Seara do Pai, utilizam esta possibilidade de intercâmbio para esclarecerem, orientarem, confirmando a continuidade do labor nas duas esferas da vida.

Obs: - Os médiuns falantes, de maneira geral são intuitivos ou conscientes, sendo o intérprete ou mensageiro. O estilo, o vocabulário, a construção das frases são suas, mas a idéia é do Espirito.

Os médiuns psicofônicos semiconscientes conservam o estilo e a idéia do Espírito que se comunica e nos, psicofônicos inconscientes, geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembrança do que diz.

MÉDIUNS VIDENTES- São dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. É raro esta faculdade permanecer por muito tempo; quase sempre é efeito de uma crise passageira.

MÉDIUNS SONAMBÚLICOS- Nesta ordem, são duas as categorias de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos:

a) Quando o sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos e emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo; são idéias suas, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos estão mais dilatados, porque tem livre a alma.

b) Como médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si. O médium sonambúlico, em estado de emancipação da alma pode facultar a comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos. O que dizem, fora do âmbito de seus conhecimentos pessoais, lhes é com freqüência sugerido por outros Espíritos.

MÉDIUNS CURADORES - Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Exemplo maior Jesus. Geralmente a faculdade é espontânea e, embora haja a utilização do fluido magnético, alguns médiuns curadores jamais ouviram falar do magnetismo. Ex: - benzedeiras.

MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS - Dá-se este nome aos médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta. Esta faculdade é bastante rara. Desenvolve-se pelo exercício; mas sem utilidade prática. Se limita a uma comprovação patente da intervenção de uma força oculta nas manifestações.

MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS São os médiuns aptos a receber a comunicação dos Espíritos através da escrita. Como afirma Allan Kardec, "de todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, o mais cômodo e, sobretudo o mais completo". Para eles devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Deve ser desenvolvido com muita responsabilidade pois é através dessa faculdade que os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou a sua inferioridade. Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício e proporciona a todos um exame acurado e minucioso da mensagem recebida.

Os médiuns psicógrafos podem ser classificados em:

a) Médiuns Mecânicos O Espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. O que caracteriza este gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão escreve. Ela se move sem interrupção, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e para, assim que ele acaba. Neste tipo de mensagem, a escrita vem antes do pensamento.

b) Médiuns Intuitivos Neste caso, o Espírito não atua sobre a mão para movê-la, mas, atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. A alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve. Nesta situação, o médium escreve voluntariamente e tem consciência do que escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos. Podemos dizer, que nestes casos, o pensamento vem antes da escrita.

C) Médiuns Semimecânicos – Também denominados Semi-intuitivos. Eles sentem que, à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, têm consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. Neste casos, o pensamento acompanha as palavras.

Médiuns Poligrafos– São aqueles cuja escrita se modifica em decorrência do Espírito que se comunica, ou que são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida.

Médiuns Iletrados – Os que escrevem como médiuns, sem saber ler, nem escrever, no estado ordinário. Muito raros; mais que os anteriores.

Médiuns Poliglotas OU Xenoglota– São aqueles que escreve ou falam, sob a influência dos Espíritos, em idiomas que lhe são desconhecidos.



 Biografia/definições:

Alexander N. Aksakof –

Nascido em Repievka (Rússia) em 27 de maio de 1.832, desencarnou em S. Petersburgo (Leningrado), a 04 de janeiro de 1.903.

Foi membro da nobreza russa, doutor em Filosofia e Conselheiro de Alexandre III, Czar de todas as Rússias.

Doutor, foi lente da Academia de Leipzig, na Alemanha.

Empenhou-se no campo da investigação psíquica, foi diretor do jornal "Psychische Studien", de Leipzig (Alemanha).

Publicou a sua obra mais significativa "Animismo e Espiritismo".

Participou da investigação mediúnica junto a diversos médiuns do século passado e de muitos outros pesquisadores de renome.

Sua contribuição ao Movimento Espírita Mundial foi enorme e, até hoje, seus trabalhos são citados pelos muitos pesquisadores que se aventuram pelo campo do psiquismo.


ECTOPLASMA:

(do grego: ektós – movimento para fora; plasma – obra modelável). Substância que emana do corpo de um médium capaz de produzir fenômenos de efeitos físicos ou materializações. Trata-se de uma exalação fluídica, sensível ao pensamento, visível ou invisível, plástica, inodora, insípida, originalmente incolor.



Bibliografia:

O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Segunda Parte, capítulos II, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII e XV.

No Invisível – Léon Denis – capítulos XVI à XVIII.

O Fenômeno Espírita – Gabriel Delanne – Segunda parte, capítulo I.

Estudando a Mediunidade - Martins Peralva.

Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna – Primeira, Segunda e Quarta Sessões Teóricas – Mediunidade – Conceito – Classificação e Dos Médiuns.

Dicionário de Filosofia Espírita – Lamartine Palhano Jr.
Estudo complementar Centro Espírita-"Portal da Luz" 


quarta-feira, 24 de abril de 2013

FESTIVAL DE WESAK OU FESTIVAL DA LUA CHEIA DE MAIO - O GRANDE FESTIVAL DO ORIENTE


Nesta Quinta-feira 25/04 às 16h57min acontece o Festival de Wesak 2013.
Todos os anos, a entrada da Lua Cheia de Touro é um dos momentos mais importantes do ano, pode-se sentir a imensas energias de iluminação e força chegando a nossa Terra.




Wesak  uma festa no Céu e na Terra! Shamballa, Grande Fraternidade Branca

O festival de Wesak - Também conhecido como o Festival da Iluminação é o Festival de Buda, o intermediário entre o Centro Espiritual mais elevado, Shambala, e a Hierarquia Planetária. Buda personifica a expressão da Sabedoria de Deus, da Luz, é Indicador do Propósito Divino. É o grande Festival do Oriente e um dos mais importantes festivais da Lua Cheia. Este Festival ocorre quando o Sol está no signo de Touro. Wesak é uma festa da libertação do despertar e da transfiguração, a jornada de volta ao lar. Promove uma ponte entre a humanidade e espiritualidade, e o equilíbrio entre o Eu Inferior e Superior.


A Lua na Astrologia significa o inconsciente, o porão, como também, nossa ligação com o passado e emoções, quer sejam boas ou ruins. É através do signo lunar que descobrimos como reagimos frente às circunstâncias da vida, emocionalmente. Quando o grande luminar, o Sol, ilumina plenamente a Lua, é um indicativo de um alinhamento livre entre nosso Planeta - o Sol - e o "Centro Solar" a fonte de energia de toda nossa terra, e neste momento podemos iluminar as sombras.

Nesta fase de Plenilúnio podemos fazer uma aproximação mais definida com Deus e o Amor, Poder e Sabedoria, centralizados em nosso coração, representados pela Chama Trina que fica em evidência quando meditamos. É positivo que em toda Lua Cheia, pudéssemos nos alinhar com as forças cósmicas superiores através de nossos Mestres e anjos, como também da hierarquia da Grande Fraternidade Branca, a fim de entrarmos em contato com a essência deste evento.



DICAS PARA O RITUAL:


- Faça seu Ritual em casa e participe deste momento de Luz, é a data mais positiva do ano, nas Bençãos de Abundância, Saúde, Amor, Iluminação e PAZ.

- Observe o Poder da Lua cheia que começa a crescer  e ore pela cura do corpo mental da humanidade e pela PAZ PLANETÁRIA.

- Sugerimos que em casa, cada um acenda uma vela na cor amarela ou branca e faça uma Oração de Poder : A Grande Invocação, Pai Nosso ...  por 8 minutos, fazer  Orações, mantra OM e  siga o que sua intuição indicar.

- Quem quiser jejuar neste dia, o indicado é tomar só líquidos,  pelo menos por 24 hs >  sopas e frutas, para o corpo ficar mais leve e absorver todas as Bençãos de WESAK 2013 . As  Bençãos de Wesak duram 72 horas - neste período, procure ter pensamentos positivos, meditar e elevar a vibração do seu corpo.




A GRANDE INVOCAÇÃO (Deve ser recitada no Presente)

Do ponto de Luz na Mente de Deus,
Flui luz às mentes dos homens;
A Luz desce à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flui amor aos corações dos homens;
O Cristo está na Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guia o Propósito as pequenas vontades dos homens,
O Propósito que os Mestres conhecem e servem

Do centro a que chamamos a raça dos homens
Realiza-se o Plano de Amor e de Luz


E sela-se para sempre a porta onde mora o mal.

A Luz, o Amor e o Poder restabelecem o Plano Divino na Terra,
Hoje e por toda a Eternidade, 
Que assim seja, assim será, porque assim é.



A LENDA DE WESAK



 “Nenhum preço que nos seja exigido será demasiadamente alto para sermos útil à Hierarquia no momento da Lua Cheia de Touro, o Festival de Wesak. Nenhum preço é demasiadamente alto para obtermos a iluminação espiritual possível, particularmente neste momento.” Djwhal Khul.

O Festival de Wesak é uma celebração anual, que acontece no momento do Plenilúnio [ lua cheia ] do signo de Touro, quando a bênção de Deus é transmitida à Terra, por intermédio de Buda e de Seu Irmão, o Cristo. Paralelamente ao acontecimento espiritual interno, tem lugar a cerimônia física externa, num pequeno vale do Tibet, no Himalaia. O sonho, lenda ou acontecimento pode ser descrito da seguinte forma:

Existe um vale, situado ao pé do Himalaia tibetano, numa altitude bem elevada, rodeado por montanhas, exceto na face nordeste, onde existe uma abertura estreita. Esse vale tem a forma de uma garrafa, com o gargalo voltado para nordeste, abrindo-se para o sul. No extremo norte, perto da abertura, há uma grande rocha plana. As encostas das montanhas estão cobertas de árvores, mas no vale não há árvores nem arbustos – ele está coberto por um tapete de pasto duro.

No momento do Plenilúnio de Touro, começam a chegar peregrinos, homens santos e lamas, que vão ocupando a parte sul e central, deixando o extremo nordeste relativamente livre. Ali, segundo diz a lenda, se congrega um grupo de Grandes Seres que são os custódios, na Terra, do Plano de Deus para o nosso planeta e para a humanidade. Com sua sabedoria, amor e conhecimento, formam uma muralha protetora para a nossa raça, tratando de guiar-nos da escuridão para a luz, do irreal para o real, e da morte para a imortalidade. Este grupo de conhecedores da divindade se coloca nos limites do vale, em círculos concêntricos, de acordo com o grau de desenvolvimento iniciático, preparando-se para um grande Ato de Serviço.

Diante da rocha e voltados para nordeste, se encontram – em níveis etéricos – os Seres chamados “Os Três Grandes Senhores”: o Cristo, que se situa no centro; o Senhor das formas viventes, o Manú, que se situa à direita; e o Senhor da Civilização, o Mestre Rakoczi, que se encontra à esquerda. Sobre a rocha descansa um vaso de cristal cheio de água.

Atrás do grupo de Mestres, Adeptos, iniciados e trabalhadores adiantados no Plano de Deus, se situam os discípulos e aspirantes do mundo, em seus diversos graus e grupos – aqueles que, nesta época, constituem o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Alguns estão presentes em corpo físico e chegam por meios comuns; outros estão presentes em seus corpos espirituais e em estado de sonho.

Ao se aproximar o momento da Lua Cheia, produz-se uma grande quietude entre a multidão e todos voltam o olhar para o nordeste. A um sinal dado, os Grandes Seres formam três círculos concêntricos e começam a cantar. Quando o cântico se aprofunda e ganha mais ritmo, os Visitantes etéricos se materializam e uma figura gloriosa se torna visível no centro dos círculos, a qual é chamada por vários nomes: Senhor Maitreya, Bodhisattva, Cristo, Senhor da Paz e do Amor. É o Mestre de todos os Mestres que formam a Hierarquia planetária para levar a cabo o propósito divino deste planeta.

O Cristo aparece vestido com um manto branco puro, Seu cabelo caindo em ondas sobre seus ombros. Ele tem o Cetro de Poder em Sua mão, o qual lhe foi dado pelo Ancião dos Dias para esta ocasião. Nenhum Mestre pode tocá-lo, salvo o Cristo, o Mestre de todos os Mestres. Em cada extremo deste Cetro de Poder, há uma grande empunhadura de diamante, que irradia uma aura azul e alaranjada de grande beleza. Os Iniciados que estão nos três círculos focalizam-no no centro e, quando Ele se torna mais visível, todos Eles se inclinam e cantam um mantra de saudação e afirmação.

Em seguida, estes círculos transformam-se num só círculo e uma cruz, em cujo centro está o Cristo. Aqui novamente o cântico comove os corações e as almas dos presentes, e descem mais alegria, paz e bênçãos sobre a multidão.

O próximo movimento é o triângulo dentro do círculo, em cujo ápice está o Cristo. Ele está de pé perto da pedra e coloca o Cetro de Poder sobre ela. Na rocha, se vê o vaso de cristal com ornamentações douradas e grinaldas de flores de loto que cobrem a rocha e pendem de todos os cantos.

Depois Eles realizam outro movimento, que é um triângulo com três ovais que se entrelaçam no centro do mesmo, onde está o Cristo. O movimento seguinte é una estrela de seis pontas e, depois a estrela do Cristo: o pentagrama ou estrela de cinco pontas. Aqui o Cristo está no ápice, perto da pedra; à sua direita, o Manú; à sua esquerda, o Mestre Rakoczi; um Grande Ser no centro e outros dois Grandes nas pontas inferiores da estrela.

Estão presentes os regentes de todos os tipos de energia: os Mestres Morya, Koot Humi, Veneziano, Serapis, Hilarion, Jesus, e Iniciados, discípulos e aspirantes espirituais; e então o cântico cria uma grande tensão na multidão e Cristo, tomando o Cetro de Poder que estava na pedra, levanta-o e diz: - “ -- Pronto, Senhor, venha..."

Em seguida, coloca novamente seu Cetro de Poder sobre a pedra durante uns poucos momentos antes da Lua Cheia, e os olhos de todos os presentes se voltam para a pedra. A expectativa da multidão aumenta e a tensão torna-se maior e continua crescendo. Através da multidão, parece sentir-se um estímulo ou vibração potente, que tem o efeito de despertar as almas dos presentes, fundindo e unificando o grupo, elevando a todos e realizando-se uma grande ação de demanda, ânsia e expectativa espiritual. É a culminação da aspiração do mundo que se acha enfocada neste grupo expectante.

Poucos minutos antes da hora exata, em que tem lugar o Plenilúnio, se divisa ao longe um pequeno ponto de luz no céu, que ao se aproximar, vai se transformando numa silhueta nítida, que adquire a forma do Buda sentado em sua clássica posição de lotus, envolto em Seu manto cor de açafrão, banhado em luz e cor, e com sua mão direita levantada, abençoando a todos. Quando Ele chega num ponto sobre a rocha, Cristo entoa A Grande Invocação e todos os presentes caem prostrados tocando a Terra com suas frontes.

Esta " Grande Invocação " cria uma corrente estupenda de energia que inunda os corações dos aspirantes, discípulos e Iniciados, e chega... a Deus. Este é o momento mais sagrado do ano, o momento em que a humanidade e a divindade tomam contato. No momento exato da Lua Cheia, o Buda passa a Cristo a energia do primeiro raio – Vontade – que Cristo recebe e transforma em  Vontade ao Bem.

Cristo é o grande celebrante, estende Suas mãos, pega o vaso, levanta-o sobre Sua cabeça e logo coloca-o de novo sobre a pedra. Então, os Mestres cantam hinos sagrados e o Buda, o Grande Iluminado, depois de abençoar a multidão, desaparece lentamente no espaço.

Toda a cerimônia da bênção, desde que Buda aparece ao longe, até o momento em que desaparece, dura apenas 8 minutos.

O Senhor Buda possui sua modalidade especial de energia, que Ele derrama sobre nós, ao abençoar o mundo. Esta bênção é maravilhosamente excepcional, por sua autoridade e categoria, pois Buda tem acesso a planos da natureza que não estão ao alcance da humanidade; e portanto, pode transmutar e transferir ao nosso plano a energia de planos superiores. Sem a mediação de Buda, esta energia não seria aproveitável, pois sua vibração é muito elevada e nos é impossível percebe-la nos planos físico, emocional e mental. Assim, a energia que Buda difunde, através da sua bênção, encontra canais por onde circular, levando alento e paz àqueles que são capazes de recebê-la.

Ano após ano, Buda regressa para distribuir Sua bênção e a mesma cerimônia se repete. Cada ano, Ele e Seu Irmão, o Cristo, trabalham em íntima colaboração para beneficio espiritual da humanidade. Nestes dois Grandes Filhos de Deus concentraram-se dois aspectos da Vida Divina. Através do Buda, flui a Sabedoria de Deus; através do Cristo, o Amor de Deus se manifesta à humanidade, derramando-se sobre ela na Lua Cheia de Touro.

Nesse momento são possíveis grandes expansões de consciência. Os discípulos e iniciados de todas as partes podem ser ajudados e estimulados espiritualmente, a fim de que possam penetrar conscientemente nos mistérios do Reino de Deus.

Continuando a lenda, quando o Buda desaparece, a multidão se põe em pé e Cristo distribui a água bendita aos Iniciados e a todos que estão presentes no vale. Esta linda “cerimônia da comunhão da água” nos insinua simbolicamente, que a Nova Era já está sobre nós, a Era de Aquário, a do “Portador da Água”. A água magnetizada pela presença de Buda e Cristo contém certas propriedades curativas. Depois da bênção, a multidão se dispersa silenciosamente, encaminhando-se para seus lugares de serviço.

Tal é a lenda por trás deste Festival, e também, tal é a realidade, se nos atrevermos a acreditar nela e se nossas mentes estiverem suficientemente abertas e nossos corações suficientemente expectantes, para reconhecermos sua possibilidade. Esta idéia requer que ajustemos algumas de nossas crenças mais caras. Mas, se puder ser captada e compreendida, surgirá em nossa consciência a possibilidade de a raça humana se conscientizar de sua própria divindade, podendo desenvolver uma Ciência de Aproximação às Forças da Vida e a verdades mais profundas, que ainda estão ocultas.

Homens e mulheres do mundo, guiados em uníssono por Buda, que trouxe a Luz ao Oriente, e por Cristo, que revelou a Luz ao Ocidente, podem pedir e evocar uma bênção e revelação espiritual tão intensas, que num futuro imediato poderá se manifestar aquilo a que a humanidade tanto aspira:“Paz na Terra e boa vontade entre os homens”. Desta maneira, podemos introduzir uma Era de fraternidade e compreensão que permitirá ao homem dispor de mais tempo para se dedicar a buscar Deus por si mesmo.


Tradução do texto: A LENDA DE WESAK - “versión libre de varios autores: Alice A. Bailey, Torkom Saraydariam, C.W. Leadbeater” encontrado no sitewww.sabiduriarcana.org)



quarta-feira, 10 de abril de 2013

RESPOSTA FRATERNA SOBRE COLOCAÇÕES DE DIVALDO FRANCO A RESPEITO DOS PRETOS VELHOS


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Tendo recebido de uma grande amiga o link  (colocado abaixo) da fala do Divaldo sobre a Umbanda, Pretos Velhos e Caboclos que, infelizmente, leva aos corações simples a confusão, a dúvida e o questionamento diante de realidade da religião e do amor, fiz um texto tentando esclarecer, o qual repasso aos meus irmãos de coração simples e aberto à universalidade do amor de Deus.
Jesus nos abençoe a todos com sua paz e alegria."

Pai Valdo



Texto resposta fraterna e amiga:


 Apenas uma reflexão...


Tendo lido e ouvido pronunciamento do médium Divaldo Pereira Franco a respeito das respeitáveis Entidades Espirituais que, abnegadamente, trabalham no Movimento Umbandista, não pude deixar de refletir e escrever humildemente algumas poucas e simples palavras a respeito.


 Embora admiremos e respeitemos a gama de conhecimentos e estudos de médiuns como Divaldo Franco, tanto que lemos, estudamos e recomendamos aos nossos médiuns e frequentadores os livros por ele psicografados, com mensagens  e ensinamentos de amados Espíritos, também sábios, com grande ascensão evolutiva, mas que sabemos não perfeitos ou donos da verdade, crença que nos levaria ao fanatismo ou endeusamento de espíritos e médiuns que não são deuses, apenas irmãos, uns que já ultrapassaram as portas do túmulo com uma certa gama de esclarecimento e evolução, outros sendo condutores e intérpretes de suas mensagens para o plano físico. Não podemos, contudo, como nesse caso e em outros deixar de acusar o profundo desconhecimento desses grandes médiuns a respeito da doutrina Umbandista, especialmente no que se trata da trilogia das formas fluídicas. Ora, um Preto Velho, um Caboclo, uma Criança, ao incorporarem em seus médiuns, não significa tratar-se de um espírito que foi ou ainda se considera um negro escravo ou índio ignorante, como afirma Divaldo, tratando-se apenas de uma roupagem perispiritual por esses espíritos assumidas, no ato da incorporação, como uma mensagem visual, ritualística, litúrgica, numa religião brasileira, que fala aos humildes e simples de coração.

O Caboclo passa a mensagem de segurança, doutrina e simplicidade, o Preto Velho a de humildade e sabedoria, a Criança a de pureza de coração e alegria de viver sob a Lei Divina.

A Religião de Umbanda é uma religião brasileira e, como tal, procura não ficar apenas arraigada ao pensamento, mística e comportamentos mental e emocional eivados da cultura europeia com ocorre ainda no Movimento Espírita Kardecista. A Umbanda é uma religião brasileira que foi definida pelo seu implantador na crosta como “a manifestação do espírito para a caridade”.  Ora, essa caridade é revestida pelo clamor em relação ao acolhimento do pobre e deserdado, portanto dos excluídos da sociedade.

Quando um espírito de escol, voltando-se para o Movimento Umbandista vem, junto a seu médium, trabalhar assumindo uma roupagem perispiritual de Caboclo (simplicidade e doutrina), Preto Velho (Humildade e Sabedoria) ou Criança (Pureza de Coração e Alegria de Viver sob a Lei de Deus), além da mensagem simples e evangélica de simplicidade, humildade e pureza, conclama aos cristãos para abrirem seus corações para a inclusão dos grupos sociais brasileiros largados ao abandono e descaso.

Vejamos que o Caboclo Índio vem nos falar do indígena, verdadeiros habitantes e donos destas terras brasileiras hoje relegados ao abandono e chamados de “ignorantes”, sem a mínima misericórdia ou respeito a sua cultura e suas crenças. O Caboclo Boiadeiro nos vem chamar a atenção para a inclusão do homem do campo e dos pampas. O Caboclo Marujo busca incluir o pescador e marinheiro à comunidade cristã. Por fim os Caboclos Baianos vêm falar da inclusão dos nordestinos, especialmente aqueles que deixando suas terras vêm tentar a vida em cidades grandes. São nossos porteiros, lavadores de carros, etc...

Os Pretos Velhos, além da mensagem de humildade e sabedoria (velho, ancião, experiente pela estrada e poeira do tempo), vem ainda nos falar da inclusão do negro e do velho ainda banidos de uma sociedade  que guarda na sua essência, ainda, a sombra maléfica do preconceito e do racismo.

A Criança, cuja mensagem evangélica da confiança em Deus e busca da pureza de coração nos remete, também, à inclusão da criança abandonada nas ruas, especialmente as crianças negras e indígenas, cujas oportunidades de educação e crescimento são boicotadas em prol das classes dominantes.


Sem falar na lembrança aos brasileiros espíritas cristãos quanto ao Carma coletivo, dívidas essas ainda hoje contraídas ao montão por todos nós, em relação à discriminação em relação ao negro e ao idoso, pobre e abandonado;  ao indígena que até hoje é banido e  destruído, quando foram os verdadeiros donos e habitantes primevos das terras brasileiras,   ao  sertanejo, ao pescador e marujo, ao nordestino imigrante para as capitais em busca de crescimento material e dignidade de vida; e às crianças que vivem ao abandono nas ruas, ou sendo vitimas de abusos de toda ordem. É um grito de alerta quanto às injustiças sociais que são, na verdade, o reflexo manifesto da falta de espiritualidade evangélica e crescimento evolutivo das consciências.

Não, querido Divaldo, esses espíritos que trabalham na Umbanda não são espíritos egressos de encarnações ainda voltadas a ignorância e a patamares evolutivos atrasados. São espírito de escol, quiçá de seu conhecimento, que acobertados pelo manto da humildade e verdadeira caridade se voltam ao Movimento Umbandista para falar, na língua do povo, do pobre, do sofredor e abandonado, da grandeza do amor de Deus e da libertação que o Evangelho vivido pode nos trazer. Eles vêm socorrer e orientar. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, implantador da Umbanda no Brasil, Espírito que em encarnações passada foi o insigne Padre português Gabriel Malagrida,  dizia que a “Umbanda deveria ser como a iconografia de Nossa Senhora da Piedade que, acolhe em seu regaço, o pobre mutilado, sofredor, abandonado”. Isso nos faz lembrar de Jesus enviando seus discípulos ao mundo e dizendo: “Por onde andares anunciai o Rei no de Deus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!” (Mt. 10:7-8).

É, caro irmãozinho Divaldo, é necessária uma dosagem grande de humildade e acolhimento da grandeza de Deus e reconhecimento consciente da nossa pequenez para entender isto, e todos nós somos meros aprendizes desta humildade que nos torna crianças diante do amor e grandeza de Deus. O Mestre ainda diz, orando ao Pai: “... Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequenos”. (Mt. 11:25).

Os Guias de Umbanda sempre nos alertam que “É Jesus quem cura, é Jesus quem consola, é Jesus que orienta. Nós, guias e médiuns, somos meros instrumentos de Sua misericórdia.”

É importante sabermos que a Umbanda é uma religião séria, com sua doutrina profundamente cristã, pois o Evangelho é o ar que se respira na Umbanda;  é espírita, pois a Codificação Kardequiana é a base, o chão sobre o qual se apoia sua doutrina universalista. Lembremo-nos que assim como Jesus não fundou nenhuma religião, mas como Filho de Deus, Tutor do nosso Planeta, encarnou para nos dar a mensagem do amor do Pai e ensinar o caminho de ascensão espiritual (Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida), portanto a sua mensagem não é propriedade de ninguém ou de nenhum grupo religioso, mas tem caráter de universalidade, também Allan Kardec não fundou religião institucional nenhuma, ele, como afirma em Obras Póstumas, apenas codificou as mensagens dos espíritos em prol do avanço intelectual, científico e espiritual da humanidade. O que vemos é repetir-se o mesmo filme tantas vezes passado na história da humanidade, onde religiões e seus adeptos, Mestres, considerados donos da verdade, afirmando e conduzindo as pessoas pelos caminhos atávicos de suas vidas pregressas ainda não devidamente superadas.

A Umbanda é um Movimento Religioso que foi fundado, como todas as outras religiões, com o fim de ajudar os encarnados e desencarnados a subirem a escada do progresso. Ela não se acredita única nem a verdadeira, mas apenas mais uma a oferecer às pessoas caminho de paz e evolução. A Umbanda não crê que alguma religião salve ninguém, ela acredita que a religiosidade, ou seja, a vivência religiosa, essa sim liberta e salva. Se encontramos umbandistas e templos ditos umbandistas usando mal o seu nome, trabalhando com esse nome sagrado chafurdados na ignorância, na magia negra, na superstição e na crendice infantil, não quer dizer que ela, a Umbanda, seja religião de ignorantes e feiticeiros. Não, assim como Jesus não tem culpa de todas as asneiras, ignorâncias e dores que em seu nome os humanos já realizaram e realizam, também a Umbanda não tem culpa de todas as perversões e infantilidades que realizam em seu nome. A Umbanda não é um grupo de pessoas girando em torno do nada ou de preceitos vazios, fantasiosos e ignorantes.

Quando o magnânimo espírito do Padre Gabriel Malagrida, sob a roupagem perispiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas, iniciou o Movimento Umbandista no Brasil, em 1908, ele foi claro ao afirmar: “Estou fundando uma nova religião brasileira, cuja base é o Evangelho e o Mentor Maior, o Cristo” “Não matar, não cobrar, vestir o branco, evangelizar e utilizar as energias da natureza para o bem”.

Tenho certeza que nosso caro Divaldo desconhece todas essas coisas, do contrário não falaria como falou, desrespeitando, a meu ver, uma religião amada e praticada por tantos brasileiros, através da qual os Espíritos Esclarecidos e Iluminados vêm, na sua inconfundível e  necessária HUMILDADE, consolar os tristes, orientar os perdidos no caminhos, tratar os doentes do espírito. Desse tipo de ataque, fruto do desconhecimento, já estamos cansados, sejamos Umbandistas ou Kardecistas, de sofrer por parte dos nossos irmão pentecostais.  No caso atual só muda a alcunha recebida pelos abnegados benfeitores espirituais: de demônios para espíritos ignorantes.

Como sempre afirmam os Mentores da Umbanda, ao desencarnarmos todos nós teremos grandes e gratas surpresas, pois veremos como o Preto Velho ou o Caboclo que pisa na Cabana simples e cristã da Umbanda, não passam dos mesmos espíritos que se apresentam nas cultas e radiosas mesas dos Centros Kardecistas. Trata-se apenas de uma roupagem perispiritual, pois, como afirma Divaldo acertadamente, o espírito desencarnado não possui mais corpo físico e forma definida, pois o perispírito é formado de matéria plasmável e fluídica. O Doutor, a Madre, o Mestre ou os respeitáveis espíritos que foram poetas, cientistas e etc..., são os mesmos pretos velhos e caboclos da umbanda, todos nos gritando e chamando a nossa atenção para a necessária humildade, simplicidade e verdadeira sabedoria, pois esses títulos e seus cargos e funções na encarnação pretérita nada são, pois o valor está no interior, na simplicidade, na humildade, no amor sem ostentação e trombetas, pois “o reino de Deus está dentro de vós”, e somente quando trabalharmos o Reino de Deus dentro de nós poderemos compreender e saborear a mensagem de Jesus.

Foi Ele que orou em ação de graças ao Pai, dizendo “Te dou graças Pai, Senhor do céu e da Terra, pois escondestes essas coisas aos sábios e grandes deste mundo, e a revelastes aos pequeninos e humildes”.


 A Umbanda, como dizia o seu fundador, deve ser como uma Casa que abriga, consola, dando sombra e  guarida aos caminhantes na romagem encarnatória. Essa Casa tem como chão, base e segurança  intelectual esclarecedora a Codificação Kardequiana, que como já o disse acima, não é propriedade do respeitável Movimento Espírita; tem como paredes acolhedoras os ensinamentos e conhecimentos fornecidos pela cultura brasileira fundada no ameríndio, afro e oriental; e tem como telhado que cobre, dá sombra e frescor o cristianismo preconizado no Evangelho Redentor.

Isto é a Umbanda, repetindo o que disse o Mestre: “Quem tem olhos de ver que veja, pois existem muitos que têm olhos, mas não enxergam”.

É tão diferente essa referência de Divaldo à Umbanda daquelas dada por Chico Xavier ao ser perguntado sobre a mesma. Como ele trouxe consolo, clareza e segurança de caminhada aos adeptos do movimento umbandista, chamando-a de religião respeitável e chamando a atenção para a necessidade de mais e mais evangelização.

Não sei quem disse ao nosso querido Divaldo que a Umbanda existe para resolver problemas materiais? A função da Umbanda é evangelizar. Como diz um insigne Mentor Espiritual da Umbanda, o Caboclo Ventania de Aruanda: “A função principal da Umbanda Espírita Cristã é iluminar corações e resgatar almas”. Se ela ajuda energeticamente nessas soluções é apenas no sentido de consolar e abrir caminhos para a reforma intima do irmão carente e necessitado de ajuda, não para se postar como quebra galho de ninguém, ou instrumento utilitarista e mistificador “substituindo os adivinhos e feiticeiros”, pois tudo, como dizem os Caboclos e Pretos Velhos, está na dependência do programa Cármico ou do merecimento das pessoas. Mas, a essência, a verdadeira solução  e cura dos males do espírito e do físico está sempre na “Evangelhoterapia”, ou seja, na terapia da vivência evangélica pela mudança de valores e comportamento.

Quanto a  ser ela resolvedora de problemas que o Espiritismo não pode resolver, que me parece o ofendeu profundamente, já ouvi sobre isso, mas saído de dentro dos próprios Centros Kardecistas, o que é pura ilusão, pois o que se faz lá, se faz cá, o que está lá é o mesmo que está cá, podem mudar as formas, mas o que são as formas diante do espírito e da misericórdia de Deus. Será sempre o uso e aplicação dos fluidos, manipulados e retirados dos próprios médiuns ou da natureza para refazimento dos caminhantes na estrada da evolução. A realidade é a mesma, seja da umbanda ou do espiritismo kardecista, o que muda é a janela pela qual se olha esta mesma realidade consoladora.

Caro Divaldo e irmãos do movimento kardecista, como vocês, nós também bebemos na fonte de esclarecimentos dos Espíritos da Codificação da Doutrina Espírita e, portanto, sabemos como, e sabem e nos ensinam os Caboclos e Pretos Velhos aquilo que preconiza o Espírito de Verdade no Livro dos Médiuns capítulo 27, item 303: “Os espíritos vêm vos instruir e vos guiar no caminho do bem, e não no das honrarias e da fortuna, ou para servir às vossas paixões mesquinhas. Se não lhes pedisse jamais nada de fútil ou que esteja fora das suas atribuições, não se daria nenhuma presa aos Espíritos enganadores; de onde deveis concluir que aquele que é mistificado não tem senão o que merece. O papel dos Espíritos não é o vos esclarecer sobre as coisas desse mundo, mas o de vos guiar com segurança no que vos pode ser útil para o outro. Quando vos falam das coisas desse mundo, é porque julgam necessários, mas não a vosso pedido. Se vedes nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é que sereis enganados.” (grifo nosso)

Não se deve confundir a Umbanda com mistificadores, mercadores de soluções materiais, que, às vezes, em seu nome, praticam atos e rituais que nada têm a ver com a Umbanda, mesmo que usando o seu nome, da mesma forma que não podemos confundir o Movimento Espírita Kardecista com tantos fantasiosos e pretensos médiuns que usam o seu nome para apregoar crendices e tirarem proveitos financeiros e políticos.

Todas as religiões têm o mesmo fim, religar o homem a Deus, a criatura ao seu Criador, sua fonte e finalidade. Por isso todas elas, se vivenciadas com honestidade e verdade, são uteis e boas. Religião nenhuma tem a verdade, ou são únicas, são apenas instrumentos nas mãos do operário para construir a sua evolução. E cada espírito, encarnado ou não, tem o direito, pela sua afinidade, de trabalhar sua religação com o Pai por meio de uma dessas formas de vivências religiosas. Diz um amigo espiritual que “para cada pé tem um sapato que lhe cabe”.


Na verdade, como Umbandista Espírita Cristão, fico triste com esse depoimento do caro irmão Divaldo, mas também compreendo, por tratar-se de desinformação e natural imperfeição que ainda é nota preponderante em todos nós. Continuamos, tenha certeza, Divaldo, a estudar as obras kardequianas, a estudar as mensagens e ensinamentos desses grandes irmãos benfeitores que, através da sua mediunidade, nos trazem a riqueza do saber, principalmente Joanna de Angelis e Manoel  Filomeno, que no nosso Centro “de Umbanda”, são autores recomendados e quase obrigatórios para os médiuns da Desobsessão e Psicofonia e Tratamentos Espirituais, bem como para o público em geral, pois tenho certeza que eles têm outra visão, apesar da normal dificuldade na recepção mediúnica. A mediunidade supõe a natureza, nos ensina Kardec.

Lembro apenas que para nós umbandistas a “Umbanda é paz e amor. Um mundo cheio de Luz. É força que nos dá vida, E à grandeza nos conduz”.

Pai Valdo (Sacerdote Dirigente do Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz)