Anualmente se comemora a
Grande Noite de Shiva – Mahashivaratri, a qual coincide com a 13ª noite e o 14º
dias do mês de Phalguna, segundo o calendário védico. Milhares de pessoas se
reúnem em templos da Índia e de outros países, onde o Senhor Shiva é conhecido
e reverenciado. Em geral, seus devotos costumam fazer vigília à noite e jejuar
de dia, enquanto cantam com intensidade e insistência ao mantra panchakshara –
Om Namah Shivaya.
O Mahashivaratri é um dos maiores festivais
religiosos ocorridos na Índia. Festejado não só por adeptos da Tradição Shaiva,
esta celebração é comemorada em vários locais do continente pan-indiano.
Na Índia, onde os devotos
de Shiva são inúmeros, costuma-se
observar – de acordo com o Shiva-Purána –, todos os meses, o Shivaratri, dia dedicado ao Senhor Shiva, na
décima quarta noite da lua, o último dia da lua minguante. Essa devoção
inclui jejum e cânticos devocionais.
O Mahashivaratri é um
grande Shivaratri. Grande porque nesse período do ano, que se situa entre
fevereiro e março, o poder exercido pela lua (negra), no último dia da lua
minguante, é menor, em relação ao resto do ano. Daí a grande celebração.
O aspirante
espiritual, aquele que se esforça para obter purificação e transformação
interna, vê na comemoração desse evento uma oportunidade de entrega, através do
jejum, da dança e da repetição do Nome do Senhor Shiva, entoando mantras e
cânticos devocionais.
Inúmeros
grupos distintos de devotos ao Senhor Shiva realizam a cerimônia de adoração
(pújá) em uma extraordinária festa noturna. Os Páshupatas, Aghorís, Kápálikas e
Kálámukhas, adeptos mais radicais da tradição Shaiva, comemoram o
Mahashivaratri intoxicados por uma bebida inebriante chamada thandai (a base de
cannabis, amêndoas e leite), cantando mantras, bhajans e kirtans enquanto
dançam ao ritmo dos tambores. Lembranças de uma aurora xamânica.
A prática de cantar e
louvar ao Senhor Shiva, por si, já tem o poder de acalmar a mente inquieta.
Essa mesma prática, realizada com fervor na noite em que a lua tem mínima
ascendência sobre a mente, tem seu valor potencializado. Por meio dela, a mente
pode ser pacificada, para que a Luz Divina possa penetrar sem a resistência do
ego.
Shaivas
Esta noite é sagrada
porque é o dia em que Shiva toma a forma de Lingam, para benefício dos devotos.
Portanto, nesta noite, os devotos do Senhor Shiva praticam a contemplação sobre
o atmalinga ou jyotilinga, o símbolo da Suprema Luz da Sabedoria, e se
convencem de que Shiva está no íntimo de cada um. A realização do abhisheka
(banho sagrado no Shivalingam- foto abaixo) e do agnihotra (cerimônia do Fogo Sagrado- foto abaixo),
torna explícita esta mensagem.
Na auspiciosa ocasião em
que acontece o Mahashivaratri, é dito que o Senhor Shiva perfaz sua dança
extática de realização. Neste feito, o Senhor é conhecido como Shiva Natarája.
A dança simboliza a emoção da auto-realização para além dos reinos de vigília, sonho e sono profundo. Além das experiências do corpo e
suas percepções, da mente e dos sentidos, do intelecto e dos pensamentos. Para
além disso tudo o Senhor Shiva Natarája provê seus devotos com uma intoxicante
dança de suprema bem-aventurança.
Muitas vezes, Shiva é
tratado não só como o Destruidor ou o Transformador da Trimurti hindu, mas sim
o próprio Absoluto, sendo denominado Maheshvára (Grande Senhor do Universo),
Paramashiva (Consciência Cósmica), Páshupati (Senhor das Bestas), Natarája
(Dançarino Cósmico), Bhairava (o Terrível), Dakshinamurti (o sábio que ensina
em silêncio) etc., de acordo com a tradição.
Geralmente, o Senhor Shiva
é representado como um renunciante vestido com peles de animais e adornado com
cinzas, serpentes e colares de rudrákshas. Essa é a imagem personificada mais
popular que apareceu primeiro nas upanishads e nos puránas. Estas escrituras
idealizaram a imagem de Shiva que crescia (1500 a.C. a 100 d.C.) como um Deus
soberano, que, como asceta, propunha a perfeição como meta de vida. Na
Shvestáshvatara Upanishad, Shiva designa o arcaico Rudrá védico. Literalmente,
Rudrá significa ‘trovão’, mas o nome denota ‘rugido’, ‘grito’. Este rugido
expressa à fúria da tempestade com seus assustadores trovões. A partir desta
aparição, Shiva se converte na versão benigna das forças mais assustadoras da
natureza, alojadas no interior de todos os seres humanos.
Outra importante forma de
Shiva é o Shivalingam. O culto a Shiva na forma do Lingam é o ponto alto no
Mahashivaratri. A palavra lingam (ou linga) significa ‘símbolo’ ou ‘aquilo
através do qual se pode ver outra coisa’. O Shivalingam é uma das mais sutis
representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em
formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode
representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos.
Por não ter uma forma
humana ou animal específica, o lingam indica que Deus é sem atributos, estando
além de qualquer limitação ou definição. Mas, como possui um formato básico,
também mostra que o Senhor pode assumir a forma que desejar, como realmente o
faz, ao se manifestar em toda a Criação. Ele simboliza todo o processo de
Criação, Manutenção e Destruição do Universo, pois, do Sem Forma nascem todas
as formas, que por fim, voltam a se dissolver no Absoluto.
Na intenção de reverenciar
o Senhor Shiva, inúmeros devotos realizam as peregrinações aos doze
jyotilingas. Um jyotilinga ou jyotilingam é um santuário onde o Senhor Shiva é
adorado na forma de um lingam de luz. Na Índia existem doze santuários de
peregrinação. Acredita-se que uma pessoa pode ver esses lingas como colunas de
fogo através de perfuração no planeta depois que ele atinja um nível mais
elevado de realização espiritual.
O Mahashivaratri é
a ocasião auspiciosa para alcançarmos paz de espírito, êxito nas nossas
devoções, prosperidade e abundância plena e absoluta em nossas vidas, remover a
ignorância e conquistar a libertação. Lembremos que o Senhor Shiva presente no
Lingam ereto representa o ideal Tantrika de “Bhoga e Yoga” – desfrute e união
com o Divino, gozo e disciplina mística, êxtase e espiritualidade.
O Linga Purana declara que o Lingam ereto é fonte de prazeres e alegria neste mundo e liberação do ciclo de renascimentos para aqueles que lhe são devotos.
Om namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
Shivaya namah OM!!!
O Linga Purana declara que o Lingam ereto é fonte de prazeres e alegria neste mundo e liberação do ciclo de renascimentos para aqueles que lhe são devotos.
Om namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
Shivaya namah OM!!!
LENDA DE MAHASHIVARATRI
Há várias lendas interessantes relacionadas ao festival do Maha Shivaratri. .De acordo com um das lendas mais populares, Shivaratri marca o dia do Casamento Sagrado do Deus Shiva com a Deusa Parvati. Alguns acreditam que estava na Noite
Auspiciosa do Shivaratri que o Deus Shiva executou o "Tandava", a
Dança Cósmica da Criação Primitiva, Preservação e Destruição. Outra lenda de
Shivratri popular declarou que em estados de Purana que estavam em Shivaratri,
que o Deus Shiva se manifestou na forma de um Lingam. Conseqüentemente é
considerado que o dia é extremamente auspicioso por devotos de Shiva e eles
celebram isto como Mahashivaratri - a Noite Principal de Shiva.
TRADIÇÕES E COSTUMES DO
MAHASHIVARATRI
Devotos acreditam fortemente que a adoração sincera ao Deus Shiva no dia Auspicioso do Mahashivaratri, perdoa uma pessoa de seus erros e karmas negativos e o libera do ciclo de nascimento e morte (Samsara). Shivaratri é considerado especialmente auspicioso para mulheres. Enquanto as mulheres casadas rezam pelo bem-estar dos maridos delas, as mulheres solteiras rezam para conseguirem um marido como o Deus Shiva que é considerado como o Marido Ideal.
No Mahashivaratri, a adoração ao Deus Shiva continua durante o dia e noite. Todo três pares de horas executam puja ritual de Shivalingam,dando banho no Lingam com leite, iorgute, mel, ghee, açúcar e água cantando o mantra de Shiva: "Om Namah Shivaya" e tocando os sinos do templo. Vigília da Noite Longa de Shiva ou Jaagran também é observado em templos de Shiva onde o número grande de devotos canta os hinos noturnos e canções devocionais em elogio ao Deus Shiva. Só na manhã seguinte que o devoto sai do seu jejum ,participando da prasada (banquete sagrado hindu) oferecido à Deidade.
OFERENDAS A SHIVA E SEU SIMBOLISMO
- Leite é para as bênçãos da pureza e abundância.
- Iogurte é para prosperidade e fertilidade.
- Mel é para doce fala.
- Ghee é para vitória.
- Açúcar é para felicidade.
- Água é para pureza.
Além, da adoração ao Deus Shiva é claro!!!
BHAJANS PARA SHIVA
Bhajans são canções devocionais indianas aos Deuses Hindus, que usam o som da fala, o tato da batida das palmas ou toques de tambores em harmonia e devoção as Deidades, os hindus acreditam também que os bhajans ajudam a limpar a atmosfera da Terra de energias e entidades negativas.
FELIZ MAHASHIVARATRI PARA TODOS NÓS!!!
Om namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
Shivaya namah OM!!!
OM namah Shivaya!!!
OM namah Shivaya!!!
Shivaya namah OM!!!
Fontes:
Eric Schulz via http://srikulacara.blogspot.com
Acharya da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral
Imagens Internet
Imagens Internet
Ametista de Luz Reiki,Terapias & Cursos
Anna Cirene Aguyrre
Terapeuta Holística
F:(51)8213.2648/8493.7605
Nenhum comentário:
Postar um comentário