Sejam bem vindos ao Ametista de Luz,
Ametista de Luz é um blog que vem para somar, nunca para competir ou dividir. Estou aqui, à luz da Universalidade Crística que habita em meu coração. Minha religião é Deus e EU SOU LIVRE, pois EU SOU O QUE EU SOU.
Ametista de Luz, representa o caminho que venho trilhando na busca pela minha evolução como ser humano e espiritual e da responsabilidade com a vida ao meu redor. Decidi que era hora de dividir com vocês aquilo em que acredito, aquilo que tenho buscado e o que tenho aprendido. Não tenho intenções de forçar ou violentar consciências, pois cada um é livre para crer ou não e naquilo que quiser. Este blog tem por objetivo levar, agregar conhecimentos, alargar conceitos, desmistificar, permitir novos olhares sobre coisas velhas e estagnadas, descortinar coisas que para muitos ainda estão escondidas.Que através dos conhecimentos diversos das diferentes doutrinas, religiões, filosofias, teosofias que este singelo serviço de amor e luz possa iluminar as vidas de todos aqueles que o acessarem, ajudando-os assim a expandirem suas consciências rumo ao divino que todos somos.Nunca esquecendo que não existem verdades absolutas no Universo e que ninguém é dono dela.
Que eu possa partilhar com vocês essa busca e esse caminho de pura luz que emana de meus Amados Mestre Jesus, o Christo e de Mestre Saint Germain, o Avatar dessa Era da Chama Violeta ou Era de Aquário e da Equipe Espiritual que me guia.
Paz e Luz, Namastê, Axé, Aranauam, Saravá, Motumbá, Salve, Shalom, Kolofé, Shaumbra, Mitakue Oyasin...!!! Anna Aguyrre

terça-feira, 29 de maio de 2012

EXUMANIA



Olá Leitores,

Este texto tenho certeza, que assim como o texto "Virou espírita agora sabe tudo", este é para os umbandistas e africanistas, vem causar espanto, polêmica até, mas como o meu objetivo é fazer pensar, refletir, sairmos da roda de engolir os enlatados com lata e tudo creio que também vai cumprir seu papel. É muito interessante e como diz a introdução tem que ler apartado dos sentimentos, deixar fluir a razão e os questionamentos. Confesso-lhes que em algumas partes discordo do autor e senti até um ranço da parte dele, escreverei algo a esse respeito em outra oportunidade.



Tomamos a liberdade de separar um parágrafo de apresentação escrito por nosso irmão para que os leitores tenham condições de saber como o texto deve ser lido. Suprimimos também um parágrafo inicial que julgamos dispensável para nosso objetivo neste blog.

Umbandista – siga os ensinamentos de Paulo Apóstolo:

“Examinai tudo e retendes o que é bom!!”


Texto de autoria de Cláudio Zeus.

Antes ainda que leiam quaisquer de nossos textos é preciso que se diga que RACIOCÍNIO e MENTE ABERTA para isto são quesitos extremamente necessários, pois a defesa irracional e desmedida de qualquer princípio, apenas porque assim aprendemos e achamos que é como tem que ser, chama-se FANATISMO e isto não é positivo em qualquer crença já que nos bloqueia o raciocínio e nos impinge a aceitar somente o que aprendemos, na maior parte das vezes no "de boca em boca", tendo sofrido neste caminho, as mais diversas variações segundo as vontades dos que repassaram e dos que nos "ensinaram".

Achou alguma coisa que contradiz o que você aprendeu? Então pare, pense, repense, compare, chame lá de dentro de você mesmo uma coisa chamada RAZÃO e depois então monte sua própria conclusão.

Vamos ao texto do Cláudio:

Vamos ao nosso primeiro tema, já polêmico e desconcertante, a partir do momento em que por motivos de defesa do mito (até com certa razão) alguns passaram a criar defesas tão fantasiosas quanto contradicentes que, pelo que se observa, acabou criando um movimento que nós apelidamos de EXUMANIA.

Observemos, navegando pelas Comunidades de Umbanda que entre um, dois ou cinco temas diferentes, sempre temas semelhantes aparecem em seguida abordando quase sempre as mesmas perguntas:

Quem é Exu? Exu é diabo? Exu é Orixá? Exu faz o bem e o mal? Mata-se para Exu na Umbanda? Exu dá e tira? Exu é catiço? Você mataria um bicho pra salvar uma vida humana?

Pode observar que os temas sobre Exus estão presentes sempre e em muito maior quantidade do que qualquer tema sobre Pretos Velhos, Caboclos, Crianças (esses sim os verdadeiros representantes da Umbanda no Brasil), sendo que esses três últimos, quando são evocados, pouquíssimas são as participações. Parece até que conhecer sobre Exus é conhecer Umbanda!

Mas por que essa atração por Exus e Pomba giras? O que essas entidades trazem consigo que tanta curiosidade e ao mesmo tempo tantas controvérsias criam? Você mesmo vai chegar à sua conclusão ao final desta matéria. Mas leia-a por completo para que esta conclusão e outras mais não pequem pela ausência de subsídios razoáveis.

Vamos "começar do começo" (redundância forçada) observando que quando não existia Umbanda no Brasil (antes de 15 de novembro de 1908) já existiam Caboclos e Pretos velhos que baixavam nas já famosas "macumbas cariocas" que já eram, em síntese, uma mistura de cultos. Só que neste período "baixavam", SEM LEI, SEM DOUTRINA, SEM OBJETIVOS MAIORES que não fossem o atendimento a algumas necessidades humanas imediatas em sua maior parte e, principalmente sem que se importassem de estarem fazendo um bem para alguém e/ou fazendo um mal para outrem por decorrência, sendo a maioria dos mesmos que assim se apresentavam, usados pelos humanos, tanto para bons procedimentos quanto para demandas.

Tudo indica que ainda no Plano Astral já haviam entidades que se importavam com isto e, segundo a história da criação da UMBANDA, essas entidades não encontravam campo para suas atuações positivas no meios desses cultos desorganizados e sem lei e por isto precisavam se reunir em grupamentos com leis e objetivos bem discriminados, o que as levou a iniciarem um movimento Astral que culminou na Criação da UMBANDA anunciada pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS. Pois muito bem. Paralelamente e até concomitantemente, existiam grupamentos mediúnicos que lidavam com entidades que se apresentavam como Exus num outro movimento espiritual que recebeu o nome (apelido*) de QUIMBANDA. Nesses grupamentos a "magia" era totalmente voltada para objetivos materiais e imediatos, com tentativas de alcance de objetivos, fosse por que meios fossem, na base da força e através de espíritos bastante "materializados" e normalmente "marginalizados" que não se importavam com o que deveriam fazer - faziam desde que lhes fossem pagos certos "presentes", dentre os quais o sangue sacrifícial de bodes, galos e até bois.

Numa análise rápida e superficial porque não nos interessa entrar muito por esta porta, isto era a QUIMBANDA no período em que a UMBANDA aconteceu e estava se firmando e assim eram os EXUS que se conhecia então - espíritos marginais, SEM LEI, que faziam qualquer coisa por trocas e presentes, bem semelhantes (mas nem de longe iguais) ao que seria o tal do diabo das religiões católicas.

Calminha aí os EXUMANÍACOS, porque estamos falando de um passado que deve ser conhecido, até para que entendamos o que são os EXUS DE UMBANDA nos dias de hoje.

Continuando ... Essas entidades eram tão perigosas por sua total marginalidade frente à evolução e a qualquer tipo de LEI ou DOUTRINA, que eram temidas, sabendo-se até mesmo de locais em que os médiuns eram acorrentados à parede, tal era o grau de selvageria e agressividade que lhes era peculiar quando "montados" por seus Exus.


É preciso que se explique bem e LOGO AQUI, que o termo KIUMBA, hoje tão usado, foi criado muito recentemente, na década de 60, se não me engano, pelo finado W.W. da Matta e Silva, no intento de diferenciar os Exus que já estavam vindo na Umbanda, dos Exus que ainda se mantinham SEM LEI, mas que esse termo é reconhecido apenas por nós - é uma classificação NOSSA - porque você nunca viu ou ouviu e nem ouvirá ou verá, qualquer entidade que se apresente selvagemente numa gira de desobsessão ou descarrego se apresentando como KIUMBA "X", KIUMBA "Y" e daí por diante. E se viu ou ouviu pode estar certo de que foi O MÉDIUM FALANDO PELA ENTIDADE e não esta em verdade!

Se voltarmos ao início da VERDADEIRA UMBANDA (a que foi criada em 1908 porque o que havia antes era qualquer coisa menos UMBANDA), um culto com claros objetivos de EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DELES E NOSSA, ATRAVÉS DA CARIDADE, veremos até que Exus não eram permitidos a não ser em casos muito especiais e sempre sob comando de entidades espirituais que já tinham condições de serem UMBANDISTAS, o que não os impedia de tentarem ir se aproximando desse NOVO CULTO, como AUXILIARES, ao mesmo tempo em que iam aprendendo com os mais evoluídos (MAIS CONSCIENTES DAS "NOVAS" VERDADES ESPIRITUAIS) novas formas de comportamento e de visão da espiritualidade inclusive, tudo muito diferente do que conheciam nos grupamentos QUIMBANDISTAS de onde eram provenientes.

Também paralelamente ao MOVIMENTO UMBANDISTA ORIGINAL desenvolviam-se outros grupamentos mediúnicos mais abertos (se podemos dizer assim), menos rígidos nos controles às entidades e que passaram a se auto-rotular de Umbandas, APÓS TEREM CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DESSE CULTO, já que viram esse "direito" no fato de também darem passagem a Pretos Velhos e Caboclos (e só por isto já que as doutrinas e ritualísticas eram totalmente diferentes).

Esses, talvez por suas raízes africanas e o reconhecimento de um "orixá" de nome Exu em suas hostes, foram mais condescendentes em relação à participação dos Exus CATIÇOS (humanos desencarnados e não orixás) em seus terreiros, o que veio a confundir muito, nos dias de hoje, quando se tenta descobrir se os Exus sempre estiveram presentes na Umbanda ou se não!

A resposta certa para essa dúvida é NÃO! As falanges de Exus não faziam parte das falanges ou grupamentos espirituais que deram início à Umbanda Original no Brasil e sim de alguns cultos que se agregaram e se auto-rotularam UMBANDAS já no período em que ela ia crescendo em número de Tendas e ia se alastrando naquela velha forma deteriorante do "de boca em boca". Lembremo-nos que nessa época, nem o rádio existia no Brasil e jornais, uns poucos que muito certamente não contribuiriam com a divulgação de outro culto que não fosse o catolicismo, religião dominante nesse período. Foi somente em 1933 que foram publicados os primeiros artigos sobre Umbanda, escritos por Leal de Souza sob o título: "O Espiritismo e as Sete Linhas de Umbanda", mas quando vieram a público já haviam se criado muitas outras Umbandas, incluindo-se aí a criada pelo Caboclo Mirim, que em fundamentos e ritualística, muito já diferia do que fora proposto antes, exceto em seus objetivos principais (isto não é uma crítica e sim uma constatação e fatos).

Pois muito bem, o fato é que algumas entidades que pertenciam à Quimbanda em suas formas de Exus, foram, ao longo do tempo, adentrando às mais diversas Umbandas que se criaram então e, quando elas eram UMBANDAS DE VERDADE (as que mantinham o lema de trabalhar com espíritos para a caridade e a conseqüente evolução destes) eram doutrinados (recebiam controle e orientação sobre seus comportamentos e determinações sobre o que poderiam ou não poderiam fazer) e recebiam o título de "Exus Batizados na Lei de Umbanda" (batizados = iniciados na Lei) ou simplesmente "BATIZADOS" e, ao longo do tempo, eram considerados "COROADOS" aqueles espíritos que já tinham dado provas de que tinham aprendido a trabalhar segundo as Leis de Umbanda e nos quais se podia confiar como verdadeiros amigos.

Na fase anterior à de "BATIZADOS" recebiam o título de EXUS PAGÃOS, que seria o que hoje chamamos de KIUMBAS. Mas perceba bem que todos esses "títulos" lhes era dado por nós, os encarnados, porque eles todos sempre se apresentaram (e se apresentam ainda hoje) como Exus, fossem pagãos, batizados ou coroados.

Em Terreiros de UMBANDA DE VERDADE (pouco importando aí a raiz doutrinária desta Umbanda, se africana, kardequizada, católica, ameríndia etc.), quando Exu chegava era para TRABALHAR e sempre, como já disse, sob controle de entidades Chefes de Terreiro (Caboclos ou Pretos Velhos) que inclusive, em muitos casos, mesmo nas giras a eles dedicadas (quando existiam) mantinham-se em terra e determinavam qual Exu poderia falar com o público, qual não estava ainda preparado, o que poderiam fazer ou não e depois, na hora certa, os mandavam "subir".

Por que eu usei o termo UMBANDA DE VERDADE? Porque já haviam muitos Terreiros em que os Exus chegavam e, por suas capacidades de envolvimento psicológico, sempre com boas conversas, elogios aqui e ali, um abraço, um trabalhinho de auxílio muito bem feito acolá, iam paulatinamente, impondo seus ritmos e formas de trabalho a ponto de alguns Terreiros que continuaram se dizendo "de Umbanda" irem aumentando o número de Giras de Exus, diminuindo as de Pretos Velhos e Caboclos e chegarem a passar o COMANDO GERAL DE SUAS GIRAS a esses mesmos que deveriam estar ali para aprenderem com espíritos de maior conhecimento e evolução.

O que mais acontecia (e acontece até hoje) é que os ESPÍRITOS EXUS que assim procediam, vistos pelo prisma da UMBANDA DE VERDADE, não eram sequer COROADOS - no máximo BATIZADOS e com algum conhecimento dos princípios e objetivos Umbandistas, INDEPENDENTE do conhecimento que tinham sobre como desmanchar trabalhos ou fazê-los, sobre como influenciar o mental de pessoas sempre carentes, como incitar-lhes a FÉ neles mesmos (tudo aprendido ainda pelos lados da Quimbanda) e, como eram no máximo "BATIZADOS", mas não CONFIRMADOS (ou COROADOS) na Lei de Umbanda, continuavam, embora em menor escala, tanto ajudando quanto atrapalhando a vida alheia, como em casos, em que se criavam DEMANDAS entre Terreiros (não querem saber a verdade?), por exemplo, sempre comandadas pelo "Exu Tal" ou a "Pomba Gira Qual" que a exemplo dos "deuses" mitológicos, inclusive o bíblico Jeová em épocas mais remotas, eram invocados para guiarem seus "filhos de fé" contra outros "filhos de fé".

E como eu posso afirmar que esses Exus não eram CONFIRMADOS ou COROADOS?

O simples fato de saberem ser ESPÍRITOS AUXILIARES (que deveriam estar aprendendo mais) e envolverem os encarnados mais ingênuos até o ponto de lhes ser concedida a Chefia do Terreiro já nos demonstra isto, pois Exu COROADO (hoje também chamado GUARDIÃO) tem que saber muito bem o seu lugar dentro da UMBANDA e BATER CABEÇA para Pretos Velhos e Caboclos e nunca tentar fazer com que esses valores se invertam, porque aí o Terreiro já virou de QUIMBANDA, ainda que insistam em chamá-lo de "Umbanda" - verdade dura para muitos, eu sei. Mas VERDADE PURA!

Pois muito bem. Por toda essa história (que ainda foi muito superficial) dos Exus que vieram das Quimbandas, somando-se às lendas sobre o "Exu Orixá" dos cultos Nagôs que também auferiam a esse mito personalizado comportamentos nada adequados à civilização e ao que a sociedade compreendia e compreende como correto, tanto o "Exu Orixá" dos cultos afro, quanto o "Exu Catiço" das Quimbandas e Umbandas, foram assemelhados à figura também mitológica do diabo católico ... inclusive pelos próprios quimbandistas e muitos umbandistas (outra verdade dura) que parecem ter adorado usar essa imagens diabólicas que o comércio criou como de Exus em suas firmezas, tronqueiras, etc., o que corroborou ainda mais para a crença de que "EXU É O PRÓPRIO DIABO", crença esta que perdura e é incentivada e até aclamada por certos segmentos de certas ... "igrejas". (Lembram do texto que postei do Leopoldo Bettiol aqui no Ametista sobre essas horrendas imagens..vide link:
Com o ataque direto dessas "certas igrejas" ao mito Exu que se acentuou mais recentemente (desde a década de 70), impondo-lhes a culpa de todos os males da humanidade (Oh, Céus!), aconteceu uma reação por parte dos que vou chamar espiritualistas, exatamente em defesa do mito, o que seria até apreciável se esse movimento contra não extrapolasse e não começasse a atingir níveis fantasiosos e fanatizantes que, muito mais do que apenas defenderem e demonstrarem as incoerências, exageram e chegam a creditar a Exu (que em vários textos são confundidos - "Exu Orixá"/"Exu Catiço") até comandos da Natureza que nem aos ditos Orixás são dados. Em resumo, estão tentando, em muitas vezes, desqualificar as afirmações de que "Exu é o diabo" através de afirmações desprovidas de fundamento (por não conhecerem a verdadeira essência das falanges de Exus) e fantasias oníricas criadas por suas próprias mentes ou até mesmo por algum Exu apenas batizado que os acompanhe, intua e que se regozije com esses "NOVOS ATRIBUTOS" que estão usando para enaltecê-lo(s), ou seja, muita incoerência para combater incoerências.

E mais incoerências ainda vemos, quando no meio desses mesmos que afirmam que EXU NÃO É O DIABO, há os que ainda mantém em suas tronqueiras e até em uns certos lugares que não pretendo citar agora, onde lhes vão render homenagens diversos Terreiros, AS MESMAS IMAGENS DEMONÍACAS criadas há dezenas de anos atrás para representarem quem...? OS EXUS!

A mania de Exus (ou EXUMANIA) vem crescendo tanto em função dessas "maravilhas" que agora lhes estão creditando, que encontramos até pessoas que deveriam ser mais espertas pelo nível cultural que demonstram, mas que são capazes de afirmar, com todas as letras, que os Exus são entidades em evolução (até aí tudo bem) em nível até superior ao dos Pretos e Caboclos, o que só pode acontecer ou ser verdade se os Pretos e Caboclos a que se referem forem tão Exus quanto os que, mais honestamente, se apresentam como tal - mais uma verdade dura que muitos insistem em não ver - fato este muito comum nas Quimbandas (mesmo as que se rotulam de Umbandas), onde quem manda é Exu.

O pouco conhecimento sobre a essência das falanges de Exus (e os excessos de fantasias e "mistérios" que se divulgam) faz com que alguns afirmem (ora vejam só) que estando frente a frente com um Tranca Ruas, por exemplo, logicamente estão frente a um guardião, o que pode ser a maior das inverdades. Esquecem-se (ou nunca souberam pela pouca informação que têm nesse sentido) que os Exus batizados e os pagãos (kiumbas) também se apresentam com os mesmos nomes (Tranca Ruas, Tiriri, Marabô, etc.), não sendo o nome de falange qualquer segurança que garanta estar-se falando com um coroado.

E aí ... como Exu virou chamariz até mesmo para giras de terreiros que pretendem medir seus potenciais pelo número de assistentes que lota suas dependências (pobres cegos, guias de cegos), pipocam no mercado, além das imagens diabólicas que demonstram que Exu não é diabo (?), cursos e mais cursos sobre "o mistério" Exu, que só virou mistério mesmo pra incentivar a curiosidade dos iniciantes.

Há pouco tivemos acesso a um texto de um certo autor que diz ter psicografado uma mensagem de um certo Exu que, entre outros exageros, chega a afirmar em um trecho de "sua fala": "Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar, mas eu as faço movimentar-se...Não sou as estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento faz a sua luz chegar até as retinas humanas... Não sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas moléculas e partículas atômicas são mantidas em coesão e movimentadas pela minha força...." (Sou obrigada a concordar com o Claudio Zeus, aqui foi um pouco de mais...quase que o Exu ”autor” vira Deus...grifo meu Anna)

Sem pretender "espichar assunto", só pela possibilidade de uma ENTIDADE (UM ESPÍRITO como qualquer outro) ter tentado sugerir as possibilidades acima, já poderíamos dispensar até "DEUS" de seus atributos, já que se as partículas atômicas são mantidas em coesão pela força de UM ESPÍRITO (o tal "Exu" psicógrafo), provavelmente também foi ele quem criou e mantém o Universo.

Mais incrível ainda do que o fato de um Exu poder ter dito isto realmente (afinal seria um Exu, envolvente como a maioria deles, não se sabendo se pagão ou batizado, porque um coroado não cometeria este desatino), é o fato de as pessoas que leram não perceberem a incoerência (esta e outras). Isso se deve especificamente ao grau de envolvimento e encantamento que adquiriram, tanto com essa entidades quanto com as fantasias que se criam diuturnamente sobre "seus poderes", "suas forças", "seus direitos de julgar e penalizar" e um outro tanto de lendas que alardeiam por aí afora.

O que a EXUMANIA está criando?

Seguidores encantados, embevecidos por lendas e fanatizados que, além de não compreenderem as verdadeiras funções dos Exus na UMBANDA (provavelmente porque quem lhes ensinou também não sabia), ainda acham que, apenas por estarem frequentando este ou aquele grupamento espiritual, o Exu que aparece por meio de suas mediunidades TEM QUE SER UM COROADO! Mas nem querem saber que foram muito e muitos antes deles que assim pensando, hoje PAGAM DÍZIMOS por terem tido suas vidas viradas "de ponta cabeça".

Hoje (como antes também) vemos alguns ditos "umbandistas" que acreditam que todo espírito que vem na banda é de Umbanda e, portanto, é um ILUMINADO. Mas se são, pergunto eu, porque teriam que EVOLUIR através da CARIDADE, se vemos claramente que os que não mais precisam são poucos, pouco vêm nas bandas e quando vêm têm comportamentos totalmente diferentes da grande maioria? Será que nossos Terreiros são mesmo esse "chão de estrelas" que muitos julgam ser? Ou serão verdadeiramente "TRAMPOLINS" PARA A EVOLUÇÃO ATRAVÉS DA PRÁTICA DA CARIDADE?

E mais: Será que os "iluminados" têm mesmo que ficar alardeando "suas luzes" e "poderes" (ou pseudo-poderes) como o fito de impressionar as mentes mais necessitadas de tantas fantasias?

O que a EXUMANIA está criando?

"Experts" em Exus e ignorantes em Pretos Velhos, Caboclos, Crianças que volto a afirmar NÃO SÃO ERÊS, mesmo que muitos assim os chamem. E prova disto está na quantidade de tópicos que se abrem sobre Exus, sempre com participações maciças em todas as comunidades do Orkut, por exemplo, e quase nenhuma sobre Pretos Velhos, Caboclos... E mesmo quando são abertos, muito poucos são os que se aventuram a dar seus pitacos.

Por que?

Em primeiro lugar pelo fato dessas entidades não serem tão "envolventes" (tão malandras, em outras palavras) e sim, muito mais sérias em seus comportamentos e ensinamentos - isso não agrada a todos!

Em segundo lugar, que acaba sendo uma decorrência do primeiro, a essas entidades quase não se homenageiam com lendas e pseudo-poderes magísticos, já que aprenderam a trabalhar "na surdina" e sem alardes. São apenas os trabalhadores sérios que não se coadunam com determinados tipos de comportamentos e "idéias", não os incitam e até os combatem quando necessário (estou falando de Caboclos e Pretos Velhos DE LEI e não os que são tão Exus quanto qualquer outro e como eles agem).

Por não serem tão "envolventes" quanto os Exus; por não haver nenhuma lenda que os coloque como "agentes controladores da Natureza e até do universo" (como no caso do "Exu" citado antes); por não poderem ser confundidos quase que sempre com o MITO EXU ORIXÁ dos Candomblés porque são reconhecidamente ESPÍRITOS (o que o pessoal parece não querer ver no caso de Exus); porque são sérios demais em suas determinações ainda que pratiquem um sorrisinho aqui e outro ali, naturalmente não despertam tanta curiosidade na aprendizagem do que gostariam e poderiam ensinar, o que se pode perceber claramente ao visitarmos Terreiros e observarmos a diferença de quantidade de PÚBLICO E DE MÉDIUNS que frequentam Giras de Exus e Giras de Velhos e Caboclos numa grande maioria de Terreiros.

Ainda "girando" pelas Comunidades, vemos aqui e ali o uso daquela velha "frase clichê", o tal de "Orai e Vigiai". Mas o que estamos observando, tendo como um dos exemplos essa EXUMANIA, não é bem isto não - o VIGIAI está muito longe de ser compreendido!

A propósito. Você que nos lê, já observou como cresce o número de "EX"?

Entenda quem quiser e, principalmente quem PUDER!

Texto de Cláudio Zeus - retirado do Blog Exu e Pomba Gira na Umbanda

VIROU "ESPÍRITA" AGORA JÁ SABE DE TUDO!!!


Olá Leitores,

Como trabalho em um Centro Espírita dito Kardecista, sei que muitos  "confrades" ficarão surpresos com este texto. Mas postei aqui porque concordo com cada linha do que está escrito e meu objetivo é fazer pensar. Esse texto é um chamado a lucidez espiritual dos ditos espíritas servindo também  para espiritualistas, eu  também não sou perfeita, mas vejo muita coisa nas andanças e lides da vida diária, especialmente dentro da caminhada espíritual. Tenho notado sim muita vaidade, muito ego, muita pregação vazia, inconsistente, daqueles que deveriam pelo aprendizado estar em situação melhor. E no quesito imperfeição...não sei da onde saiu esse mito de que espírita é um ser perfeito...são os mais imperfeitos e mais comprometidos pelos erros de éons passados, há muitos livros falando disso, inclusive no Livro "Os Dragões" do Espírito Maria Modesta Cravo aborda e aprofunda a origem dos espíritas e também fala de todas as negatividades dessa corrente doutrinário-religiosa. E mesmo assim muitos se acham no direito de julgar e apontar seus dedinhos aos menos afortunados, realmente se achando os donos da verdade...vide o texto abaixo!!!(Anna)




É impressionante a quantidade de espíritas que faz julgamentos descabidos, antifraternos e extremamente preconceituosos sobre determinadas pessoas. Basta só começar a ler alguns livros e pronto! Já sabem de tudo!

Infelizmente alguns companheiros desavisados mergulham de cabeça na doutrina do amor, que é a doutrina do espiritismo, porém, equivocados e visivelmente fragilizados psiquicamente, metem os pés pelas mãos com suas constatações precárias, sob o nosso ponto de vista fraterno.

Muitos apontam os esfarrapados, os miseráveis, os negros, os moradores de rua e os usuários de crack, como sendo os inimigos da sociedade noutros tempos, os olham com desprezo e, da boca para fora dizem ser estes os “irmãozinhos” menos favorecidos, mas em seus corações os desprezam e se acham melhores e mais merecedores das bênçãos de Deus do que os mesmos.

Ora, quantos de nós está encoberto pelo verniz social, que a hipocrisia tenta disfarçar o ranço preconceituoso e egoísta que jaz em nossa alma, mesmo dizendo-nos “espíritas convictos”? Quantos seguidores dos estudos de Allan Kardec e frequentadores assíduos dos centros espíritas de vários lugares têm a alma ainda dura como pedra, mas fazem-se passar por reformados?

É muito fácil olhar para um esfarrapado na rua, e pensar de forma preconceituosa que ali está um espírito encarnado mui comprometido, devido a aparência degradante que denota o fracasso do mesmo.

Enganam-se terrivelmente os que assim pensam, mesmo não compartilhando com seus semelhantes destes pensamentos, temendo revelar o quanto ainda estão doentes e é claro, temendo serem descobertos como os hipócritas e pouco caridosos que infelizmente ainda são.

Estes irmãos de caminhada misturam-se entre os espíritas verdadeiros, assumem cargos importantes dentro dos centros espiritualistas ou espíritas, ocupando funções das quais não são merecedores, pois estão doentes por dentro, indicam o Evangelho, mas não fazem uso verdadeiro dele para si, dão palestras e falam com eloquência, entretanto em seus lares são déspotas que friamente conduzem os familiares a uma convivência difícil e pouco harmoniosa.

Não trabalham seus instintos inferiores, os sufocam encobrindo-os com as roupas limpas e elegantes, com fino trato e aquele velho sorriso armado no rosto, que com a mesma fala de sempre, diz: “Oremos meus irmãos!”

Ingenuamente há pessoas que se utilizam das doutrinas religiosas para os outros, jamais para si, o que é lamentável, pois a marcha evolutiva requer um ritmo e uma continuidade, os que assim procedem, estacionam e complicam-se.

Há muitos irmãos de caminhada com excelente saúde física, com aparência agradável, inteligentes, com a fala mansa e com boa educação, cuja alma encontra-se enferma e em situação muito pior do que os mais esfarrapadinhos irmãos de rua que possamos imaginar!

Há mulheres cuja elegância e beleza física nos encantam sobremaneira, requintadas, elegantes e bem educadas, tratadas com o melhor que o dinheiro pode comprar, enquanto seus perispíritos encontram-se envoltos em substâncias de baixo teor, cujo odor é repugnante, oriundo das ações egoísticas e malévolas, dos excessos e dos escândalos cometidos por elas, em nome da futilidade e do supérfluo.

Beleza e saúde física nunca foram sinônimo de equilíbrio, pois o fato de uma criatura estar hoje vivenciando no plano físico a doença ou a pobreza de forma mais explícita, não significa que seja pior do que ninguém.

Os bons espíritas são os que fazem uso do Evangelho em suas vidas, transformam-se em pessoas melhores e sabem que sempre haverão arestas para serem aparadas. Eles trabalham dentro da doutrina escolhida por eles mesmos, rumo à caminhada evolutiva e de forma a se educarem e se harmonizarem sem estrelismos, sabendo que necessária é a transformação da alma.

Os maus espíritas que nos perdoem, mas as aparências enganam e muito! Todos somos criaturas necessitadas de reformas no campo da moral, sempre há o que fazer para aperfeiçoarmo-nos mais e melhor, não cabendo a nós os julgamentos nem as condenações!

Tudo o que fazemos é uma análise real de nós mesmos e das nossas fragilidades que são gigantescas, assim como nossa ignorância. É preciso o trabalho da humildade e a busca pelo conhecimento com sabedoria.

A humildade é medicamento que limpa as vistas e nos faz enxergar o quão ainda somos pequeninos e carentes de equilíbrio, portanto façamos logo esta verificação, a fim de não continuarmos estacionados e iludidos em nosso orgulho virulento!

Muita Paz!

Texto do Blog Missão de Luz - Desconheço a autoria.(Anna)

NO TRABALHO MEDIÚNICO



Trata com muito respeito
Toda e qualquer entidade
E sem nenhum preconceito:
Isso é amor e caridade.

Sobretudo, essa nação
Irmãos de pele escura
Que tinham na ocasião
Levavam vida bem dura.

Em lúgubres, infectos navios
Vidas foram desterradas
Por dias muito sombrios
Esperanças adiadas.

Da cultura, do passado,
Da pátria que ficou lá
Esse povo escravizado
Mantinha a fé em Oxalá.

Se, vivendo na senzala
Eram inferiorizados
Note agora sua fala:
Eles são muito elevados.

De conversa sábia e mansa
Eles dão o bom conselho
Trazem consolo e esperança
E as palavras do Evangelho.

Habitavam escuras taperas
Às vezes, correntes no pé
Hoje, das altas esferas
Demonstram bondade e fé.

Essa nação primitiva
Que nos conta a triste história
Oprimida e cativa
Teve uma sorte inglória.

Por isso, sem preconceito,
Ama o escravo, o preto velho
Muda agora teu conceito
Por amor ao Evangelho.


Poema psicografado por Lisiane Nunes Trindade do Espírito Liége

segunda-feira, 28 de maio de 2012

CARGA FLUÍDICA MÓRBIDA DO EGOÍSMO



“A fim de elucidarmos quanto à vossa solicitação, entre as dezenas e dezenas de fluidos patogênicos, que fundamentam os estados pecaminosos do homem, escolhemos, como exemplo ou paradigma, o estudo da energia inferior, que é a base dinâmica do "egoísmo".
O egoísmo é um dos estados de espírito predominantes no âmago dos seres, porquanto é o alicerce ou fundamento da composição do próprio "ego humano" em sua trajetória educativa e preliminar da conscientização individual. Toda obra de evolução no Universo se reduz a desenvolver o amor nos indivíduos, motivo porque, ao buscar o exercício desse amor em potencial derivado de Deus, é justo que o homem principie a amar primeiramente a si próprio. É um amor egoístico, mas, sem dúvida, ainda inspirado no amor de Deus, que palpita indestrutivelmente no âmago de toda criatura. Embora o egoísmo seja estigmatizante, em confronto com a virtude do altruísmo, assim mesmo esse fanático amor do homem para si mesmo ainda é a base natural e lógica,  que promove a gestação do futuro amor puro dos santos e dos anjos por toda a eternidade.
Porventura, a fruta saborosa e perfumada não é o produto da matéria desintegrante e apodrecida no seio da terra? Somente após o período de "autodestruição" da semente, é que ela, então, cresce e concretiza a sua vitória criativa sob o calor amigo do Sol.
Mas em nossa explicação presente, devemos considerar o egoísmo ainda na sua transitória função de "erro" quando já cessa a sua função criativa e prejudica todo aquele que o cultiva em excesso só para atender o seu "ego inferior" e olvida o próximo. Em conseqüência, o homem profundamente egoísta vive à parte e deliberadamente isolado da coletividade, num culto excessivo à sua própria individualidade, desinteressado de quaisquer problemas além do seu próprio bem.
O egoísta, espécie de verruga no corpo da humanidade, é o cidadão que atravessa a vida física num estado de espírito predominantemente pessoal e comodista, administrando exclusivamente o seu mundículo simpático. Mas desde que não há milagres, pois todos os acontecimentos e fenômenos da vida são sustentados ou mantidos por leis, princípios e energias, então, o estado de egoísmo permanente exige um consumo de combustível apropriado para a sua manutenção no mundo físico. Considerando-se que o egoísmo é manifestação inferior da vida animal ciosa de sua sobrevivência, obviamente, a energia utilizada para sustentar esse estado de egoísmo também há de ser mobilizada nas faixas ou camadas da vida inferior dessa animalidade. Mas há de ser um energismo que mancha o tecido delicado e sensível do perispírito humano, pois deixa um residual lesivo, que tem de ser drenado ou eliminado.”

 Origem: “O Evangelho à Luz do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

Texto publicado no blog Ramatis Missão de Luz

UM ESTUDO SOBRE O UMBRAL - PARTE 2 - OS AMPARADORES ESPIRITUAIS


Este texto é complemento do texto: Um Estudo sobre o Umbral - Parte I



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Amparadores Espirituais:

Primeira parte da matéria, publicada na Revista Sexto Sentido N. 21 - Maio de 2001.
Em entrevista especial à Revista Sexto Sentido, o professor Wagner Borges, especialista em projeção astral, fala de modo claro e objetivo sobre os Amparadores Espirituais - seres que auxiliam as pessoas na hora da morte - fornecendo detalhes impressionantes sobre a transição a que chamamos morte e as dimensões do outro lado da vida. Nós sabemos que você faz parte de um grupo de Amparadores Espirituais no plano astral, que ajudam as pessoas na hora da morte.


Quem são esses Amparadores e exatamente de que maneira eles, ou vocês agem?

- Os amparadores são um grupo de espíritos formado principalmente por orientais. São egípcios, chineses, tibetanos, pessoas que já lidaram com algo parecido aqui na Terra, em outras épocas, que desencarnaram e estão em um nível excelente. Quando o corpo espiritual se desprende do físico durante o sono ou na morte, ambos estão conectados por um campo energético, que é a aura. Nessa aura estão os chacras e os filamentos energéticos que saem desses chacras se juntam para formar uma ligação - a ligação do espírito com o corpo através do conhecido cordão de prata.
Na hora do desprendimento definitivo ou morte, seres espirituais bondosos e evoluídos aparecem e desconectam esses filamentos para desprender o espírito, da mesma forma que um parteiro ajuda no nascimento de um bebê e no desligamento da ligação que é o cordão umbilical. Os seres desligam o cordão de prata e sobra um coto de cordão, só que não é no umbigo, mas na cabeça do corpo espiritual. Nesse momento, normalmente a pessoa apaga, como um mecanismo da consciência. Então ela é puxada para um vórtice, como se fosse uma passagem entre dimensões - por isso as pessoas que têm experiências de quase-morte falam sobre passar por um túnel de luz, que é uma abertura entre dimensões.
Então, os Amparadores puxam a pessoa para fora do corpo e a ajudam a atravessar o buraco energético, fazendo com que ela saia na dimensão seguinte, que as pessoas chamam de plano espiritual ou plano astral. Normalmente, ela desperta algumas horas ou dias depois num hospital espiritual. Esses hospitais foram construídos por seres avançados, que elaboram formas mentais e as plasmam com o pensamento.
São construções energéticas que, para os espíritos naquela freqüência, são tão sólidos quanto os objetos desta nossa dimensão terrestre. Os espíritos mais sutis atravessam esses ambientes porque são mais rarefeitos, mas naquela dimensão, para quem está lá, os objetos são tão densos quanto os daqui são para nós. A pessoa se vê num ambiente propício para a recepção de recém-desencarnados, onde o que sobrou do cordão de prata é então rompido. A pessoa acorda num hospital extrafísico após a morte, não porque esteja doente, mas para romper essa conexão. Esses hospitais são locais de transição. Dali ela passa para a dimensão correspondente ao seu nível.
Nossos pensamentos e emoções se plasmam energeticamente em nossa aura, em nosso corpo espiritual. Assim, nós somos a somatória do que pensamos, sentimos e fazemos durante a vida. A cada noite, quando nos desprendemos para fora do corpo físico, o corpo espiritual carrega a vibração de tudo que ocorreu naquele dia. Na hora da morte, a vibração do corpo espiritual é a soma de tudo que você pensou, sentiu e fez durante uma vida inteira. Pode-se dizer que cada pessoa que desencarna carrega um campo vital contendo tudo o que ela é como resultado de tudo o que desenvolveu e fez em vida. Quem tem uma vibração ‘x’ no corpo espiritual, após a morte é atraída para o plano extrafísico de uma dimensão ‘x’, compatível com a vibração que ela porta.

O plano espiritual se divide em subdimensões:

Muitos as dividem em sete níveis, outros em três. Os que dividem em três fazem da seguinte maneira: plano astral denso, plano astral médio e plano astral superior. No denso estariam as pessoas complicadas, seria o chamado umbral, o Inferno. O plano astral superior seria o Paraíso do Espiritismo. E o plano astral médio seria onde se encontram as pessoas mais ou menos, ou seja, iguais a nós, mais ou menos boas, mais ou menos complicadas. Em outras palavras, a maioria.

— E o lugar que os espíritas chamam de Umbral?

- A palavra umbral significa muro, e é a divisória entre o plano terrestre e o plano astral mais avançado.
Uma divisória vibracional, onde quem tem o corpo espiritual denso não atravessa, como uma peneira vibracional. Eu costumo dizer que Inferno e Paraíso são portáteis: você carrega dentro. Se está bem, o Paraíso está dentro de você. Se sai do corpo nessa condição, você é atraído por uma vibração semelhante a que existe em seu interior.
- A passagem para o Paraíso está dentro de nós.
- E o Inferno é a mesma coisa, é um estado íntimo.
Veja uma pessoa cheia de auto-culpa e compare com aquela imagem clássica do diabo colocando alguém dentro da caldeira e espetando. A auto-culpa espeta mais do que qualquer diabo, porque nem é preciso o Inferno vir de fora: ele já está dentro e o diabo é você mesmo.
O Umbral é uma região muito pesada porque reflete o estado íntimo de quem lá está. Você encontra lugares que lembram abismos, cavernas escuras, tudo exteriorizado do subconsciente dos espíritos, como formas mentais. Quando você olha no fundo desses abismos vê que está cheio de espíritos, mas eles não voam, são densos. Você encontra favelas no plano espiritual, cidades medievais. Os espíritos vivem presos a formas mentais das quais, muitas vezes, é difícil escapar. São esses que os seres evoluídos buscam ajudar nessas dimensões.

— E como eles fazem isso?

- Normalmente, resgatam os sofredores usando médiuns ou projetores astrais fora do corpo, utilizando a energia do cordão de prata para se tornarem mais densos e puxar as pessoas. É por isso que, desde os 15 anos, fui levado muitas vezes a esses ambientes para dar passes nos espíritos, fora do corpo. Você dá um passe e isso muda o padrão vibracional do corpo espiritual da pessoa.
Tão logo isso acontece, os espíritos mais avançados, que não tinham acesso, conseguem pegar a pessoa e levar para um hospital extrafísico. Aí começa um tratamento energético, puramente de luz, para desintoxicar os chacras extrafísicos do corpo energético, e tratamento psicológico para fazer a pessoa encarar sua situação, conseguir se entender e sair daquele problema. E também é trabalho, terapia para que a pessoa saia daquilo sem ter auto-culpa, porque a auto-culpa segura a pessoa no passado. Ela precisa entender que Deus não condena ninguém.
Eu já passei por lugares desse Umbral em que era tudo escuro, e eu sentia que passava por cima de pessoas que se arrastavam. A única luz que tinha ali era a minha, um ser humano. E algumas pessoas se seguravam em mim e falavam, "Anjo, me tira daqui!". Eles achavam que eu era anjo porque tinha alguma luz.

— E você não tinha como tirar essas pessoas de lá?

- Não, porque tinha ido tirar uma pessoa determinada. Eu estava direcionado para pegar uma e puxar. E também, vários daqueles que estão ali sofrendo e pedindo ajuda, se forem tirados daquele ambiente e levados para um lugar melhor, basta que se recuperem um pouquinho e já começam a aprontar. Esse pessoal precisa ralar um pouco para perceber que não se pode fazer ao outro aquilo que você não quer que façam com você. Não é uma punição divina, é causa e efeito. O que você fez para o outro fica marcado em você.
Eu cresci no Rio, na Baixada Fluminense. Vários amigos meus morreram por causa de droga, outros porque se tornaram policiais e morreram em tiroteio com bandidos, cumprindo o dever, e outros se tornaram marginais. Um desses rapazes virou policial e fez parte de um grupo de extermínio de bandidos. Eu já tinha me mudado para São Paulo, e ele inclusive já não mora mais no Rio - deixou a polícia, nem sei onde está. Eu despertei fora do corpo no Rio de Janeiro, na rua do bairro onde cresci, e comecei a ouvir uma gritaria.
Lá na ponta da rua começou a aparecer uma energia alaranjada, pesada, e de repente chega o rapaz correndo. Ele estava fora do corpo perseguido por um grupo de doze espíritos, com pedaços de pau nas mãos - tudo plasmado: facões, etc. Gritavam. "Pega, pega esse miserável!". E o sujeito estava projetado fora do corpo, ou seja, fora do corpo ele é perseguido pelos sujeitos que ele matou.
Eles passaram correndo perto de mim e, quando ele passou, eu vi que estava cheio de buracos de bala, plasmado no corpo espiritual. Aí eu entendi uma coisa que o espírito André Luiz sempre falou nos seus livros: cada coisa que você faz para o outro fica marcada em você espiritualmente. Cada bala que ele tinha enfiado em alguém, a marca estava nele, porque a forma mental do ato ficou grudada nele. Se durante o sono ele já está assim, imagine na hora em que desencarnar.
Ele vai ficar nesse plano astral denso por um bom tempo.

Lembra um pouco o filme Ghost.
- Muitas coisas ali são reais, e também o Sexto Sentido. Ou aquele filme Amor Além da Vida, com Robin Williams - aquela parte de formas mentais plasmadas. É a riqueza do filme. Aquela parte do Umbral, em que ele vai buscar a mulher suicida, é baseada na Divina Comédia do Dante Alighieri. Dante foi um grande projetor. Como vivia no século XIV, em Florença, Itália, ele não podia falar abertamente porque iria para a fogueira.
Aí ele camuflou os relatos. Todas as pessoas que se projetam e já foram nesses planos pesados sabem que o Dante era um viajante astral, porque já viram coisas parecidas. É uma outra realidade, que a humanidade não conhece. Mas uma coisa é certa: não vale a pena fazer o mal. Não é que Deus vai punir ou o Diabo vai pegar, mas você carrega de dentro de si tudo aquilo para fora e forma o ambiente. Todo algoz se transforma em vítima. O que Jesus ensinou sobre tentar fazer o bem, tentar ajudar os outros na medida do possível não foi à toa. Aquilo não tem nada de religioso - é código de vida.

— Você já presenciou alguns desencarnes?

- Sim. Eu já vi pessoas morrerem e servi como elemento de ajuda no desprendimento. Outro dia tive uma experiência. Vi um barco bem primitivo, cheio de africanos, que estava fugindo de alguma coisa. O barco virou e todos morreram afogados. Eu vi os espíritos saírem do corpo e, na hora, apareceu uma mulher hindu, desencarnada, que estendia as mãos e projetava luz, puxando os espíritos e enfiando-os dentro de um vórtice de energia. Eu já sabia que eles seriam recebidos do lado de lá. Mentalmente ela me disse que os seres humanos são cegos e não estão vendo esse amor, que os leva para o outro lado na hora certa. Que todo mundo recebe assistência.

— Quem define a vinda desse ser, que chega para ajudar? Ele sabe o que vai acontecer com antecedência?

- Ela já sabe que vai acontecer. O processo de reencarnação não é aleatório. Existe uma organização extrafísica, com seres mais avançados que coordenam os processos daqueles que estão submetidos à roda reencarnatória. Vou dar um exemplo: quando você era pequeno, você não escolheu o colégio em que estudou - seu pai e sua mãe o levaram para lá. Depois, você cresceu e pôde escolher seu caminho.
Quando uma consciência ainda não sabe o que é melhor para ela, seres mais avançados coordenam o processo até ela alcançar a maturidade para decidir o caminho. Então, esses seres fazem com que ela reencarne em países e situações adequados para aquela determinada alma aprender o que precisa. Às vezes, você vem para uma vida para aprender uma única característica que está faltando.
Nós temos livre-arbítrio e podemos, por exemplo, encurtar o tempo. O suicida é um exemplo disso. Ele vem com uma carga vital e acaba se suicidando. Vamos chamar a vida na Terra de ano letivo: o corpo é o uniforme, o planeta é a escola. Você é enviado para uma série, cada vida é uma série. Ao longo da vida certas coisas vão acontecer e não são livre-arbítrio, mas experiências que esses professores preparam para que a pessoa aprenda algo.
Mas existe o livre-arbítrio. Dentro da sala de aula, o aluno não escolhe o currículo que vai estudar, mas, por exemplo, pode escolher fazer amizade com o colega ao lado ou não. Ele pode estudar mais ou menos. Pode quebrar a carteira ou não. A postura do aluno dentro da sala de aula é livre arbítrio - o currículo que o aluno vai estudar é programado. Como o aluno reage a esse currículo é livre arbítrio.

— E os ciclos familiares? Dizem que ficamos reencarnando junto com as mesmas pessoas de um determinado ciclo até as pendências entre todas serem resolvidas.

- Depende - isso também é relativo. Existem milhares que reencarnam ao longo dos séculos e acabam se encontrando ao longo das vidas, mas têm muitas pessoas que ainda estamos conhecendo, que não vêm de uma vida passada. Alguns se perguntam: se há reencarnação, por que a população da Terra continua aumentando? Porque vêm pessoas de outros planetas para cá. Existem milhares de humanidades semelhantes à nossa, espalhadas pela galáxia, na mesma evolução que nós. Existem milhares de outras bem superiores, e milhares bem inferiores.

— O que ocorre quando existe uma grande catástrofe, como terremotos?

- É uma espécie de carma coletivo. As pessoas são atraídas para o lugar. Por exemplo, se precisa passar pela experiência de morrer em um terremoto, você não vai nascer no Brasil, mas na Califórnia, nas Filipinas, no Japão, em países sujeitos aos terremotos. O pessoal que programa isso do lado de lá vai encaixar a pessoa num lugar em que ela passe por aquela experiência. Isso já é direcionado.
Quando ocorre a tragédia coletiva, o pessoal do lado de lá já sabe com antecedência e todos se preparam bem antes. Do mesmo jeito que existem bancos de sangue nos hospitais, existem bancos de energia do lado de lá. Como esses espíritos são sutis e as pessoas que estão desencarnando, muitas delas, estão em condições bastante densas, vários meses antes eles começam a extrair energia de médiuns, de pessoas bondosas, de grupos ocultistas, espíritas, iogues.
Eles captam essas energias sem ninguém saber e vão guardando dentro de aparelhos extrafísícos. Quando ocorre a tragédia, eles usam essa energia para romper os cordões de prata, porque são energias de seres humanos para seres humanos, mais compatíveis. Eu já vi isso do lado de lá. Esses seres espirituais que ajudam - os chamados amparadores, guias espirituais ou benfeitores - são pessoas, seres humanos desencarnados. Entre eles você vai encontrar desde gente quase igual a nós, do mesmo nível, pessoas bacanas, até aquele ser super-avançado que nem mais parece gente como nós, mas uma criatura totalmente de luz.

— E como alguém é recrutado para essa função?

- Na verdade, nós somos agentes interdimensionais e já fazíamos parte dessa equipe do lado de lá. Apenas reencarnamos para servir de suporte aos outros. A maioria dos sensitivos que conheço é dessa turma, e é por isso que a comunicação que tenho com eles é natural. Eu não acho que eles são superiores a mim, eles são meus colegas. Agora, é claro que vai ter um colega mais ou menos igual, um mais complicado e um mais avançado, como qualquer grupo de amigos. Você vai ter um amigo que é gênio, um amigo que é chato e um que é igual a você. Espíritos são apenas seres humanos extrafísicos, eles não são divindades. Por exemplo, eu não faço preces para espíritos. Quando ergo a mente em agradecimento, penso num Todo, numa Consciência Cósmica, e se eu tiver de pensar em alguém, penso em alguém como Buda ou Jesus, não como foco religioso, mas como foco de inspiração, de exemplo.

— Você tem um mentor?

- Tenho vários mentores. Existem sempre dois ou três que me acompanham há mais tempo. Um deles se chama Vyasa, um hindu, e é quem eu chamo de mentor de muitas coisas que escrevo. Esse é muito presente. Tem outro que aparece como um chinês. E, dependendo da atividade do momento, um ou outro é mais presente.
Tecnicamente falando, guia espiritual é qualquer um que ajude você em algum caminho. Até o ser humano ao seu lado pode ser seu guia, se ele abre caminho para você. Mas, por melhores que sejam os guias, nenhum deles pode caminhar por nós. O que eles podem fazer é apontar caminhos, sugerir idéias. E os guias também não tiram obstáculos do caminho, porque esses obstáculos nos fazem crescer. Isso equivale a uma prova na qual o professor não pode dar as respostas ao aluno.
O guia, que é um professor, um mestre extrafísico, não pode dar resposta de alguns dramas, porque você aprende mais na crise. Se o guia eliminasse a prova, a pessoa não desenvolveria aquela qualidade. A função do guia, então, é tentar inspirar, para que você agüente o tranco da prova, para que sua paciência seja grande, para que seu amor não decaia, para que sua luz continue acesa, mesmo que tudo esteja em trevas à sua volta.

— E quando o guia vê, por exemplo, que uma pessoa vai cometer suicídio?

- Ele tenta o máximo possível jogar ondas mentais para ajudá-la. Só que a pessoa costuma estar tão fechada em suas próprias formas mentais, que fica impermeável. É a mesma coisa que tentar conversar com um bêbado. Ele não escuta. Eu costumo dizer que muitas pessoas estão embriagadas emocionalmente: elas não bebem álcool, mas bebem emoções pesadas, tão pesadas que a capacidade de discernimento desaparece.
A pessoa é impermeável a tudo de bom que alguém tenta dizer para ela aqui mesmo, na Terra; imagine do lado de lá. Aí entram as leis de causa e efeito: a cada um segundo os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus atos. É a lei mais justa que conheço, na qual cada um recebe, lá na frente, aquilo que fez.
Nós vamos semeando a pista em que iremos andar; alguns jogam pregos, e daqui a pouco começam a furar o pé nos pregos que jogaram. Mas existem pessoas que jogam flores. Isso é causa e efeito, é carma, não tem nada a ver com punição. O umbral não é criação divina, é criação humana, porque esse plano é plasmado a partir das coisas trevosas que estão dentro de nós. Foi o ser humano trevoso que criou o plano astral pesado, da mesma forma que o ser humano avançado criou o plano astral avançado.

— Existem idosos que desencarnam e seu espírito se manifesta para pessoas 20, 30 anos depois com a mesma aparência envelhecida. Outros parecem mais jovens. Por quê?

- O corpo físico não reflete nosso estado íntimo. Por exemplo, eu posso estar mal, mas disfarçar e ficar rindo, e você não vai saber que estou mal. O corpo físico, o rosto, é uma máscara que não reflete o que pensamos, por isso, podemos enganar uns aos outros.
Quando você sai do corpo, o corpo espiritual reflete o que você pensa, de modo que não dá para enganar o seu estado íntimo. Até aqui, no plano físico, às vezes você vê um ancião e ele tem viço na expressão; outras vezes você vê um jovem e ele está apagado. Quando a pessoa deixa o corpo, o espírito que estava dentro dele, independente da idade, pode remoçar, porque seu estado íntimo é jovem e o corpo espiritual plasma uma imagem remoçada. Aquele que estava mal pode aparecer envelhecido, carregado.

— Se a pessoa deixa o corpo com uma doença, ela pode continuar com a doença no astral?

— Pode continuar até se desprender do condicionamento da doença. Por exemplo, muitos cegos passaram tantos anos sem enxergar que acham que não conseguem ver. Então, às vezes é feito um trabalho psicológico para a pessoa perceber que não está cega e que aquilo é um condicionamento.
Uma vez eu vi um desencarnado que voava numa cadeira de rodas. Ele não saía da cadeira porque passou 50 anos sentado em uma. Essa cadeira não era mais física, virou psíquica, era o apoio dele. O homem desencarnou e carregou a forma mental da cadeira de rodas. Depois de um tempo ele vai se descondicionar e passar a voar normalmente, mas às vezes a morte não quebra um condicionamento.

Mesmo depois do espírito ter passado por um hospital extrafísico, onde seu cordão astral é rompido, ele passa por um tratamento para se adaptar à nova realidade de sua existência sem corpo?

- Muitas vezes. O tratamento nos hospitais é energético, mas quem pode mudar sua consciência? Pode-se tentar mudar a energia, deixar a pessoa mais leve, mas ela mesma pode fazer esse processo ficar arrastado, lento. Sem falar daqueles que não aceitam ter morrido, devido a vários fatores.
A pessoa se vê num corpo espiritual que reflete a aparência do físico; ela olha para si mesma e pensa que não morreu, porque está com o mesmo corpo, ou porque Jesus não apareceu como tinha sido prometido, ou porque achava que depois da morte ia ficar dormindo até o dia do Juízo Final. E, se perguntam a ela por que ninguém a vê, ela diz que estão todos cegos.
A pessoa arranja mil e um motivos para não admitir o que aconteceu. Imagine as pessoas que negam a morte a vida inteira, quando morrem elas não vão querer discutir isso e arranjam uma camuflagem psicológica, distorcendo a realidade. Uns falam que é um pesadelo, que vão acordar e descobrir que tudo aquilo não é verdade. Ou que os espíritos à sua volta são demônios, que estão torturando. A pessoa fica num estado de confusão e, às vezes, demora para melhorar.

Mas uma coisa eu garanto:
Toda pessoa que está bem por dentro tem um processo muito mais rápido do lado de lá. E uma coisa com a qual as pessoas não podem se enganar: uma excelente pessoa pode morrer violentamente, atropelada, ou assassinada. O fato do corpo dela ter ficado em picadinhos embaixo de um carro não significa que ela esteja mal.

Um segundo depois ela pode estar bem do lado de lá. 
E o fato de alguém morrer na cama, dormindo, não garante que ela vá estar bem do outro lado. Tem muito pilantra que morre dormindo. As pessoas se iludem com a aparência do cadáver. O gênero de morte não determina a qualidade da consciência, porque o que determina essa qualidade não é a morte e sim o que se fez em vida.

— Existem pessoas que, antes de deixar o corpo, começam a ver parentes já falecidos?

- Isso porque eles geralmente vêm ajudar, vêm puxar a pessoa para fora. Ainda mais alguém de idade, que já está adoentado, com os sentidos físicos amortecidos. Essa pessoa está tendo um adiantamento e, dias antes, já começa a ver o pessoal. Eu acho legal a pessoa se desprender consciente do processo, porque ela carrega essa certeza dentro dela e, nas próximas vidas, nasce encarando a questão da morte como algo natural.

Uma dica que eu dou para o leitor:
- Se a pessoa porventura estiver saindo do corpo na hora da morte, e estiver consciente, ele vai ver seres a sua volta. Se vir algum vórtice energético, ela deve entrar, porque irá fazer uma passagem de dimensões tranqüila.
- Se ela não vir ninguém, porque, às vezes, devido à diferença vibracional nessa hora, o cordão de prata ainda não se rompeu; os seres estão ali, mas a pessoa não está vendo.
Um conselho que eu dou é estender as mãos para a frente e projetar luz no centro da testa. O que acontece? O padrão dimensional do corpo espiritual dela muda e ela vê todo mundo ao redor.

— E o que acontece depois que alguém desencarna, passa por um hospital e já se encontra adaptada a sua dimensão?

Nessas dimensões existem cidades extrafísicas plasmadas por seres avançados, nas quais vivem comunidades de espíritos. Quando a pessoa sai do corpo, vê o ambiente imediato, o quarto, a cama. A próxima dimensão é o umbral, o plano astral mais pesado. Passando por ele, estão os hospitais extrafísicos e, a seguir, as cidades astrais. A pessoa não precisa passar por uma dimensão inferior para chegar à outra, porque é uma questão de sintonia. Não é um deslocamento espacial, mas um deslocamento de consciência.
Essas cidades, que existem sobre os lugares físicos, lembram os ambientes imediatos de onde a pessoa saiu. Por exemplo, uma cidade extrafísica por cima de São Paulo reflete uma realidade igual à de São Paulo. Os espíritos mantêm uma realidade igual paralela para que a pessoa se sinta ambientada logo que desencarna.
Nessas cidades espirituais não existem problemas de dinheiro ou violência - é como se fosse a humanidade legal, projetada do lado de lá. É um ambiente humano, com nível igual ao nosso aqui, só que projetado do lado de lá. Então, as pessoas têm atividades de trabalho, lazer, como aqui, mas tudo simplificado e aprofundado. Ou seja, é o plano físico perfeito.
Depois dessas cidades extrafísicas, em que a pessoa recupera a lembrança de vidas passadas, reaprende a voar, retoma ao seu nível, ela passa para outra freqüência, mais compatível com seu estado interno. São os chamados lugares de estudo e aprendizado. Todo mundo que está ali sabe que teve outras vidas, lembra de tudo, sabe mexer com energia e já ajuda os outros.
Nesses ambientes você ainda vê a divisão homem e mulher. Espírito não tem sexo, mas eles mantêm a identidade.

MENSAGEM DE MESTRE HILARION



Mensagem semanal de 20 a 27/05/2012

Manterem-se ancorados no coração da Terra é a providência mais importante para fazerem nesse instante, agora mesmo. Cada um de vocês está aquí para levarem os seus aspectos mais elevados para o interior de seus corpos físicos; é importante que tenham uma base forte para ancorarem tudo isso.

O que vocês estão procurando está dentro de vocês e não no Mundo Externo. Permitam-se por alguns momentos diariamente, sentirem o pulso de seus corações em ritmo, com o da Terra, pois isso irá conectá-los e sintonizá-los com a Terra, à medida que os seus níveis vibracionais forem se elevando.

Confiem em suas orientações internas à  medida que fazem as suas atividades diárias e sigam aos sussurros de seus corações, prontamente, à medida que eles ocorrerem.

Muitos eventos memoráveis importantes estão acontecendo em nível Cósmico e aqueles que seguirem as suas orientações internas sabem que esses tempos não são tempos normais, não são tempos comuns que estão vivendo. Eles requerem firmeza, coragem, confiança e perseverança para continuarem o caminho de seu dia a dia quando tudo aquilo que diz  respeito a vocês, parecer que permanece igual, sem mudar nada.

É difícil compreender o significado de maiores perspectivas e nós lhes avisamos de que a melhor via para se movimentarem, é irem todos os dias para o seu interior e intencionalmente alinharem-se com o seu Eu Superior, perguntando-lhe por orientação e qual direção a seguir. Ao fazerem isso, de tal modo que se torne um hábito consciente, diário, muito daquilo que for bom irá fluir em suas vidas.

Muitas mudanças e alterações estão acontecendo no interior da Terra que se manifestam como sendo movimentos em sua superfície. Isso vai continuar a acontecer, à medida que os ajustes são feitos na transição da Terra para uma dimensão mais elevada.

À medida que essas mudanças acontecem, sintam Amor, Amor incondicional, pela Terra e para todos os Seus habitantes e visualizem uma corrente enorme de Luz vinda do interior de Seu Coração Cristalino, em direção à Sua Grade Cristalina e em seguida, em direção para o Cosmos. Sustentem os seus corações sintonizados a um Plano Divino com um cenário maior e permaneçam calmos e em paz e isso será de muita ajuda.

Agora é uma época de permitirem a abertura de seus chacras cardíacos e  tornarem-se, conscientemente capazes de fazerem isso, pois é através desse portal de energia, do seu interior que ativam os seus caminhos, as suas jornadas pessoais, e assim, elas se tornam claras para vocês.

Isso é importante, pois muitos de vocês estão situados em áreas onde o Despertar da Humanidade ainda não aconteceu e assim, é requerido a qualidade da  fé e da perseverança para continuarem em sua jornada espiritual aparentemente sozinhos, ainda  não sendo compreendidos.

Isso requer Amor do modo mais elevado para continuarem nessa direção e não vacilar, e cada um de vocês tem essa qualidade de Amor em grande abundância.

Permitam que a Luz interna que vocês realmente são, brilhe adiante nesses dias de transição de um Mundo para outro, pois isso é de muita ajuda para aqueles em sua volta. Eles podem não perceber isso, mas eles têm um consenso disso em um nível sublime.

À medida que o seu Eu Superior e a sua Grande Divina Presença Eu Sou, ancore  mais profundamente no interior de vocês, isso depois capacitará aqueles em sua volta a fazerem o mesmo. Isso deve e pode ser executado para que eles façam uma transição mais leve e suave.
Brilhem, Queridos, pois como vocês poderiam ser diferentes daquilo do que vocês realmente são ?

Até a semana que vem....

Eu Sou HILARION



©2012 Marlene Swetlishoff/Tsu-tana (Soo-tam-ah)
Sustentadora da Sinfonia da Graça
Permissão é dada para compartilharem desse discurso, desde que esteja em sua íntegra, sem rasuras ou emendas, estando incluídos os nomes da autora, de seus direitos autorais e de seu web site www.therainbowscribe.com  / Grata por incluírem o link acima ao compartilharem esse discurso.
Tradução:    Helena Renner