Olá Leitores,
Como trabalho em um Centro Espírita dito Kardecista, sei que muitos "confrades" ficarão surpresos com este texto. Mas postei aqui porque concordo com cada linha do que está escrito e meu objetivo é fazer pensar. Esse texto é um chamado a lucidez espiritual dos ditos espíritas servindo também para espiritualistas, eu também não sou perfeita, mas vejo muita coisa nas andanças e lides da vida diária, especialmente dentro da caminhada espíritual. Tenho notado sim muita vaidade, muito ego, muita pregação vazia, inconsistente, daqueles que deveriam pelo aprendizado estar em situação melhor. E no quesito imperfeição...não sei da onde saiu esse mito de que espírita é um ser perfeito...são os mais imperfeitos e mais comprometidos pelos erros de éons passados, há muitos livros falando disso, inclusive no Livro "Os Dragões" do Espírito Maria Modesta Cravo aborda e aprofunda a origem dos espíritas e também fala de todas as negatividades dessa corrente doutrinário-religiosa. E mesmo assim muitos se acham no direito de julgar e apontar seus dedinhos aos menos afortunados, realmente se achando os donos da verdade...vide o texto abaixo!!!(Anna)
É
impressionante a quantidade de espíritas que faz julgamentos descabidos,
antifraternos e extremamente preconceituosos sobre determinadas pessoas. Basta só começar a ler alguns livros e
pronto! Já sabem de tudo!
Infelizmente
alguns companheiros desavisados mergulham de cabeça na doutrina do amor, que é
a doutrina do espiritismo, porém, equivocados e visivelmente fragilizados
psiquicamente, metem os pés pelas mãos com suas constatações precárias, sob o
nosso ponto de vista fraterno.
Muitos apontam os esfarrapados, os
miseráveis, os negros, os moradores de rua e os usuários de crack, como sendo
os inimigos da sociedade noutros tempos, os olham com desprezo e, da
boca para fora dizem ser estes os “irmãozinhos” menos favorecidos, mas em seus
corações os desprezam e se acham melhores e mais merecedores das bênçãos de
Deus do que os mesmos.
Ora, quantos de nós está
encoberto pelo verniz social, que a hipocrisia tenta disfarçar o ranço
preconceituoso e egoísta que jaz em nossa alma, mesmo dizendo-nos “espíritas
convictos”? Quantos
seguidores dos estudos de Allan Kardec e frequentadores assíduos dos centros
espíritas de vários lugares têm a alma ainda dura como pedra, mas fazem-se
passar por reformados?
É
muito fácil olhar para um esfarrapado na rua, e pensar de forma preconceituosa
que ali está um espírito encarnado mui comprometido, devido a aparência
degradante que denota o fracasso do mesmo.
Enganam-se
terrivelmente os que assim pensam, mesmo não compartilhando com seus semelhantes
destes pensamentos, temendo revelar o quanto ainda estão doentes e é claro,
temendo serem descobertos como os hipócritas e pouco caridosos que infelizmente
ainda são.
Estes irmãos de caminhada misturam-se
entre os espíritas verdadeiros, assumem cargos importantes dentro dos
centros espiritualistas ou espíritas, ocupando funções das quais não são
merecedores, pois estão doentes por dentro, indicam o Evangelho, mas não fazem
uso verdadeiro dele para si, dão palestras e falam com eloquência, entretanto em
seus lares são déspotas que friamente conduzem os familiares a uma convivência
difícil e pouco harmoniosa.
Não
trabalham seus instintos inferiores, os sufocam encobrindo-os com as roupas
limpas e elegantes, com fino trato e aquele velho sorriso armado no rosto, que
com a mesma fala de sempre, diz: “Oremos meus irmãos!”
Ingenuamente há pessoas que se
utilizam das doutrinas religiosas para os outros, jamais para si, o que é
lamentável, pois a marcha evolutiva requer um ritmo e uma continuidade, os que
assim procedem, estacionam e complicam-se.
Há
muitos irmãos de caminhada com excelente saúde física, com aparência agradável,
inteligentes, com a fala mansa e com boa educação, cuja alma encontra-se
enferma e em situação muito pior do que os mais esfarrapadinhos irmãos de rua
que possamos imaginar!
Há
mulheres cuja elegância e beleza física nos encantam sobremaneira, requintadas,
elegantes e bem educadas, tratadas com o melhor que o dinheiro pode comprar,
enquanto seus perispíritos encontram-se envoltos em substâncias de baixo teor,
cujo odor é repugnante, oriundo das ações egoísticas e malévolas, dos excessos
e dos escândalos cometidos por elas, em nome da futilidade e do supérfluo.
Beleza
e saúde física nunca foram sinônimo de equilíbrio, pois o fato de uma criatura
estar hoje vivenciando no plano físico a doença ou a pobreza de forma mais
explícita, não significa que seja pior do que ninguém.
Os bons espíritas são os que fazem uso
do Evangelho em suas vidas, transformam-se em pessoas melhores e sabem que
sempre haverão arestas para serem aparadas. Eles trabalham dentro da doutrina
escolhida por eles mesmos, rumo à caminhada evolutiva e de forma a se educarem
e se harmonizarem sem estrelismos, sabendo que necessária é a transformação da
alma.
Os
maus espíritas que nos perdoem, mas as aparências enganam e muito! Todos somos
criaturas necessitadas de reformas no campo da moral, sempre há o que fazer
para aperfeiçoarmo-nos mais e melhor, não cabendo a nós os julgamentos nem as
condenações!
Tudo
o que fazemos é uma análise real de nós mesmos e das nossas fragilidades que
são gigantescas, assim como nossa ignorância. É preciso o trabalho da humildade
e a busca pelo conhecimento com sabedoria.
A humildade é medicamento que limpa as
vistas e nos faz enxergar o quão ainda somos pequeninos e carentes de
equilíbrio, portanto façamos logo esta verificação, a fim de não continuarmos
estacionados e iludidos em nosso orgulho virulento!
Muita
Paz!
Texto do Blog Missão de Luz - Desconheço a autoria.(Anna)
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