Os grandes mestres da
Espiritualidade nos informam que a chegada do terceiro milênio indica o fim da
Era de Peixes, regida pela mensagem amorosa de Jesus, e o início do ciclo de
Aquário, período em que a humanidade terá novas metas a alcançar em sua senda
evolutiva.
Após o período de transição para
a Nova Era, somente os espíritos eleitos através da conquista do amor e das
demais virtudes cristãs obterão o ingresso para prosseguirem reencarnando na
Terra, enquanto os rebeldes que não se enquadrarem dentro do perfeito código
moral do Evangelho de Jesus serão exilados para um mundo de ordem inferior,
onde realizarão suas experiências reencarnatórias futuras, sempre lamentando o
paraíso perdido, assim como descrito na lenda bíblica a respeito de Adão e Eva.
O cenário acima descrito
convida-nos a profundas reflexões…
Se estamos aqui encarnados nesse
crucial momento de evolução de nossa humanidade (e temos consciência disso) é
porque assumimos um compromisso com a Alta Espiritualidade antes de
reencarnarmos no sentido de promovermos a evolução das religiões preparando-as
para a mentalidade da Era de Aquário, ou seja, direcionando-as para uma
verdadeira consciência espiritual, liberta de dogmas e rituais exteriores,
procurando voltá-las para uma sincera e exclusiva busca do amor e da sabedoria
incondicionais.
O que resume a nossa presença na
“Terra física”, ou seja, estarmos reencarnados no mundo material, é a
necessária conquista de “evolução”, não somente no campo espiritual
propriamente dito, mas em todos os sentidos. É fundamental que nos tornemos
pessoas melhores a cada dia para nos libertarmos da barbárie rumo a um nível
superior de civilidade, que se assemelha ao reino dos Céus pregado por Jesus em
suas maravilhosas parábolas evangélicas.
Durante a era passada, a Era de
Peixes, procuramos desenvolver, em sucessivas encarnações, o amor crístico, a
fé, a paciência, a tolerância, o respeito mútuo, etc. Porém, a Nova Era, que já
estamos adentrando, convidará os eleitos para novos desafios, muitos deles de
ordem racional e intelectual, procurando o Entendimento Divino através do
estabelecimento de relações lógicas. A resposta já não mais será: “É assim
porque Deus quis”, mas seremos constantemente convocados a obter respostas
sobre o engenhoso mecanismo das vidas física e espiritual e, também, seremos
convidados a sermos co-criadores, junto com o Pai Celestial, como já é possível
vislumbrar através dos ensaios científicos sobre engenharia genética e
clonagem.
O maior desafio dos
espiritualistas será, portanto, construir a ponte entre espiritualismo e
materialismo, que jamais deveriam ter sido dissociados. Será necessário que
venhamos a construir um novo modelo religioso que evolua junto com a humanidade
física. Isso fará com que a sociedade gradualmente abandone o seu materialismo
e ceticismo tão prejudiciais à eterna busca da evolução. O Espiritismo
codificado por Allan Kardec já deu um grande passo nesse sentido, promovendo
uma modernização do entendimento espiritual à sua época. Mas com os grandes
saltos científicos atuais é imprescindível que os estudos espiritualistas assim
procedam também, haja vista o plano espiritual ser muito mais evoluído que o
nosso limitado mundo físico.
Devido a isto, os grandes mestres
nos orientam, nesse primeiro momento, à busca de um Universalismo Religioso,
com o objetivo de unirmos forças para a construção desse novo modelo
espiritual, que será, na verdade, uma grande filtragem de todas as religiões,
obtendo o que há de melhor em cada uma, para depois buscarmos, através de
estudos e experimentações, uma libertação total das amarras religiosas que
escravizam a humanidade, ao invés de libertá-la. Assim sendo o que é proposto
não é um sincretismo religioso. A tolerância e respeito a todos os credos
religiosos é um principio que já deveria ter sido atingido na Era de Peixes
(como já citamos). A religião universal da Nova Era não deverá ser apenas um
multi-culturalismo, onde todos pensam conforme a sua religião e serão
respeitados por isto. Este padrão religioso já foi definido e parcialmente
conquistado.
A proposta para a Nova Era é
libertar-se de tradições, ritos e dogmas que foram importantes e necessários em
seu tempo, promovendo a evolução de seus adeptos, mas que hoje em dia apenas
afastam as mentalidades modernas das religiões. O ceticismo de muitos jovens
hoje em dia reside mais em seu descrédito aos métodos religiosos ultrapassados,
do que propriamente em relação a sua falta de fé e respeito aos assuntos de
ordem espiritual. Talvez esses espíritos recentemente encarnados sejam até
mesmo mais evoluídos do que os espiritualistas mais esclarecidos, só que as
suas mentes sagazes aguardam a compreensão espiritual da Nova Era, mais
moderna, racional e esclarecedora.
O novo padrão espiritual do terceiro
milênio, o Universalismo Crístico, deve ser visto não como uma “salada de
religiões”, porém como a união de todos aqueles que sentem a luz de Deus em
seus corações convidando-os a construção de um mundo melhor. E devemos lembrar
sempre que “evolução” significa: “movimento ou deslocamento gradual e
progressivo em determinada direção”. No nosso caso, em direção à luz e ao amor
do Cristo.
Texto de Roger Bottini Paranhos
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