Estamos às portas de um
novo ano. Os anos se sucedem, trazendo à população terráquea uma egrégora bem
formada pelas mentes humanas voltadas ao término de um ciclo e início de novo
ciclo. Nós, umbandistas, nos voltamos às águas salgadas, levando a oferenda
principal que são os nossos corações, isto é, a nossa essência verdadeira de
vida, carregada de experiências positivas e negativas hauridas neste curso de
aprendizado evolutivo, que é a reencarnação.
Como dizia cada fim de ano
é marcado pelo término de um ciclo, no qual os fatos, experiências, problemas,
erros e vitórias nos acarretam eflúvios de amadurecimento experiente na demanda
da felicidade experiencial. Deus, no Seu infinito amor, por meio de seus Raios
Sagrados vibra sobre nós ao chamado de Jesus, com o aceno da caminhada para a
vivência do verdadeiro amor que se concretiza no amor por si mesmo, pelo
próximo e por Deus, como o Pai, que é a fonte única de beleza, paz e
realização.
Em cada, dia os Sagrados
Orixás, que são os Ministros de Deus, sob a Luz amorosa de Jesus nos convidam a
experienciar concretamente a dinâmica de reforma interior pela Fé vibrada por
Oxalá; pela Renovação da Vida vibrada por Yemanjá; pela Lei de Deus vibrada por
Ogum; pelo Conhecimento Esclarecedor vibrado por Oxossi; pelo Amor vibrado por
Oxum; pela Transformação que nos purifica e redime vibrado por Obaluayê.
Para a Umbanda Espírita
Cristã, religião iniciática, em cada ano com seu ciclo de oportunidades e
sedimentação da maturidade adquirida, vamos encontrar todos os Orixás a nos
regerem por meio do amoroso apelo ao crescimento espiritual e fortalecimento de
nossa vontade e coragem, para continuarmos a nossa caminhada.
No entanto, como ocorre
com cada espírito no seu trânsito encarnatório, cada ciclo anual tem um regente
principal e dois regentes auxiliares que demarcam com suas vibrações o campo de
vibração e atuação dos demais raios vibracionais. Seria o Eledá do ano. Esse
regente é descoberto por nós a partir da Astrologia que nos aponta o Astro
regente do ano. No caso atual, estamos prestes a entrar no ano de 2014, e o
astro que estará nos céus regendo o transito desse ano é Júpiter. De acordo com
a Umbanda iniciática Júpiter é o astro que brilha e atua sobre a vibração do 5º
Raio, que é regido pelo Orixá Xangô.
Assim, dizemos que Xangô
será o Orixá regente do ano de 2014, com as vibrações auxiliares de Yansã e
Oxalá.
Busquemos, isto é o
essencial, trabalhar nossas mentes e corações no sentido de reformar-nos
intimamente a luz do Evangelho de Jesus, abrindo nossas vidas para o equilíbrio
da razão que nos transportará para a harmonia interior. Xangô nos fala da
Justiça, mas que justiça? A Justiça que o atributo desse quinto raio nos
irradia é a justiça que emana de Deus. Irrevogável, sim. Mas, misericordiosa e
compassiva a nos oportunizar sempre os meios de crescimento, aprendizado e
maturidade, daí a existências das Leis benditas de Causa e Efeito e do Retorno
preconizadas no Carma (movimento) de cada vida espiritual sobre o planeta.
Do Raio e das pedreiras
Xangô, por meio da Força Ignea Elétrica, nos irradia suas vibratórias de
segurança, firmeza e construção pela justiça que deve prevalecer em nossos
pensamentos e nossos atos. Justiça de quem não julga, mas é justo ao
compreender seus irmãos e respeitá-los. Justiça de quem abre o coração e a
mente para a compaixão e o respeito para com seu irmão, seja ele quem for.
Jesus no seu Evangelho
Libertador nos fala da necessidade de abrirmos a vida para essa sagrada
vibração quando nos diz: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
JUSTIÇA, e tudo o mais lhes será dado em acréscimo”.
Portanto falar da
Vibratória do ano, é falar da reforma intima à luz da vibratória, do Raio
Divino, que cognominamos de Orixá, e esse ano de forma proeminente temos o
quinto Raio, Raio de Xangô, cuja Linha de atributo é a Justiça e o Equilíbrio,
coadjuvada com a vibratória do Equilíbrio das Emoção em Iansã e da
Religiosidade e Fé em Oxalá.
Sob o olhar amoroso e
convidativo do Senhor Jesus, vamos ao encontro de 2014 com segurança, e na
busca da vivência do amor divino, sob a égide da Justiça que é a Compaixão e
Equilíbrio do racional e das emoções em nossas vidas.
Pai Valdo
(Sacerdote Dirigente do T.
E. do Cruzeiro da Luz)
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