Olá queridos Leitores, Amigos e Seguidores deste Blog Ametista de Luz, encontrei esse estudo muito interessante, é uma grande pesquisa, um texto longo, mas muito pontual com relação aos digamos sistemas de Umbanda existentes em nosso País. Sabemos que por não haver uma codificação umbandista, a Umbanda se repartiu em várias formas e aspectos de ser cultuada nesse imenso Brasil, incorporando inclusive regionalismos, mas sem perder a sua caracteristica principal que tem por base o trabalho dos Falangeiros de Orixás, Caboclos, dos Pretos Velhos, das Crianças, Exus e o principal objetivo a CARIDADE (Pois como disse Allan Kardec: "fora da caridade não há salvação"). Cada Casa de Umbanda é unica, e urge que todas respeitem a forma do outro trabalhar se não for igual a sua.
Após
pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas, essa religião cresceu e se diversificou, dando origem a
diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação dos
espíritos para a caridade.
O surgimento
dessas diferentes vertentes é conseqüência do grau com que as características
de outras práticas religiosas e/ou místicas foram absorvidas pela Umbanda em
sua expansão pelo Brasil, reforçando o sincretismo que a originou e que ainda
hoje é sua principal marca.
Embora essa
classificação tenha sido elaborada por mim (ela não é fruto de um consenso
entre os umbandistas e nem é adotada por outros estudiosos da religião), a
mesma revela-se uma forma útil de condensar as diferentes práticas existentes,
possibilitando um melhor estudo das mesmas.
Umbanda
Branca e Demanda
Outros
nomes: É também conhecida como: Alabanda; Linha Branca de Umbanda e Demanda;
Umbanda Tradicional; Umbanda de Mesa Branca; Umbanda de Cáritas; e Umbanda do
Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Origem: É a
vertente fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e
Orixá Malê, através do seu médium, Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 –
03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda
Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Foco de
divulgação: O principal foco de divulgação dessa vertente é a Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade.
Orixás:
Considera que orixá é um título aplicado a espíritos que alcançaram um elevado
patamar na hierarquia espiritual, os quais representam, em missões especiais,
de prazo variável, o alto chefe de sua linha. É pelos seus encargos comparável
a um general: ora incumbido da inspeção das falanges, ora encarregado de
auxiliar a atividade de centros necessitados de amparo, e, nesta hipótese fica
subordinado ao guia geral do agrupamento a que pertencem tais centros. Acredita
que existam 126 orixás, distribuídos em 07 linhas espirituais de trabalho. Os
altos chefes de cada uma dessas sete linhas recebem o nome de um orixá nagô,
embora não sejam entendidos como nas tradições africanas, existindo uma forte
vinculação deles aos santos católicos.
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde
inclui os espíritos que se apresentam como Crianças), de Iemanjá, de Ogum, de
Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas
recém-desencarnadas, os exus coroados, os exus batizados e as entidades
auxiliares).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)
Velhos(as) e Crianças e não há giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos,
Malandros, Exus e Pombagiras.
Ritualística:
A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos
riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho
segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”.
Umbanda
Kardecista
Outros
nomes: É também conhecida como: Umbanda de Mesa Branca; Umbanda Branca; e
Umbanda de Cáritas.
Origem: É a
vertente com forte influência do Espiritismo, geralmente praticada em centros
espíritas que passaram a desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões
espíritas tradicionais. É uma das mais antigas vertentes, porém não existe
registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de
divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na
atualidade.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos Orixás nem aos santos católicos.
Linhas de
trabalho: Nesta vertente não é utilizada essa forma de agrupar as entidades.
Entidades:
Os trabalhos de Umbanda são realizados apenas por Caboclos(as), Pretos(as)
Velhos(as) e, mais raramente, Crianças.
Ritualística:
A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e não
são encontrados o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e
atabaques.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo
o Espiritismo”; “O céu e o inferno”; e “A gênese”.
Umbanda
Mirim
Outros
nomes: É também conhecida como: Aumbandã; Escola da Vida; Umbanda Branca;
Umbanda de Mesa Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a
vertente fundamentada pelo Caboclo Mirim através do seu médium Benjamin
Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 – 03/12/1986), surgida no Rio de Janeiro, RJ,
em 13/03/1924, com a fundação da Tenda Espírita Mirim.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: a Tenda
Espírita Mirim (matriz e filiais); e o Primado de Umbanda, fundado em 1952.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de nove
Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de
Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô,
do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e de Yofá (onde agrupa os
Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as),
Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há giras para Exus e Pombagiras, uma vez
que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da
Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca com pontos riscados bordados é a única vestimenta usada pelos
médiuns durante as giras e encontra-se o uso de fumo, defumadores e a imagem de
Jesus Cristo nos trabalhos, porém as guias, velas, bebidas, atabaques e demais
imagens não são usados nas cerimônias, havendo o uso de termos de origem tupi
para designar o grau dos médiuns nelas.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “Okê, Caboclo”; “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; e
“O evangelho segundo o Espiritismo”.
Umbanda
Popular
Outros
nomes: É também conhecida como: Umbanda Cruzada; e Umbanda Mística.
Origem: É
uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de
Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a
ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada
as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como
uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo
ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um
supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm,
podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões.
Foco de
divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na
atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior.
Entretanto, é a vertente mais difundida em todo o país.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos santos católicos com os
Orixás, associados a um conjunto de práticas místicas e religiosas de diversas
origens adotadas pela população em geral, tais como: rezas, benzimentos,
simpatias, uso de cristais, incensos, patuás e ervas para o preparo de banhos
de purificação e chás medicinais. Considera a existência de dez Orixás: Oxalá,
Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns
lugares também são cultuados mais dois Orixás: Ossaim e Oxumaré.
Linhas de
trabalho: Existem três versões para as linhas de trabalho nesta vertente:
- Na mais
antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá
(onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de
Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do Oriente (onde agrupa
as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as
Pretas-Velhas);
- Na intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de
trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de
Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas (onde
agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
- Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos(as), etc.
- Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos(as), etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus,
Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente
aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de
complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada,
machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo,
defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques
nos trabalhos.
Umbanda
Omolocô
Outros
nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É
fruto da umbandização de antigas casas de Omolocô, porém não existe registro da
data e do local inicial em que começou a ser praticada. Começou a ser
fundamentada pelo médium Tancredo da Silva Pinto (10/08/1904 – 01/09/1979) em
1950, no Rio de Janeiro, RJ.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves
livros escritos por Tancredo da Silva Pinto; as tendas criadas por seus
iniciados; e o livro “Umbanda Omolocô”, escrito por Caio de Omulu.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos,
sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do
Omolocô. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô,
Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de
trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de
Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá,
Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros,
Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente
aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de
complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada,
machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo,
defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques
nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de
iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Omolocô,
incluindo o sacrifício de animais.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “A origem de Umbanda”; “As mirongas da Umbanda”; “Cabala
Umbandista”; “Camba de Umbanda”; “Doutrina e ritual de Umbanda”; “Fundamentos
da Umbanda”; “Impressionantes cerimônias da Umbanda”; “Tecnologia ocultista de
Umbanda no Brasil”; e “Umbanda: guia e ritual para organização de terreiros”.
Umbanda
Almas e Angola
Outros
nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É
fruto da umbandização de antigas casas de Almas e Angola, porém não existe
registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de
divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na
atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos
católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas,
principalmente as do Almas e Angola. Considera a existência de nove Orixás:
Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, do Povo
d’Água (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã e Iansã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô,
das Beijadas (onde agrupa as Crianças) e das Almas (onde inclui Obaluaiê e
agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá,
Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as),
Marinheiros, Exus e Pombagiras.
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente
aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de
complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada,
machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo,
defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques
nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de
iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Almas e
Angola, incluindo o sacrifício de animais.
Umbandomblé
Outros
nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É
fruto da umbandização de antigas casas de Candomblé, notadamente as de
Candomblé de Caboclo, porém não existe registro da data e do local inicial em
que começou a ser praticada. Em alguns casos, o mesmo pai-de-santo (ou
mãe-de-santo) celebra tanto as giras de Umbanda quanto o culto do Candomblé,
porém em sessões diferenciadas por dias e horários.
Foco de divulgação:
Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás:
Nesta vertente existe um culto mínimo aos santos católicos e os Orixás são
fortemente vinculados às tradições africanas, principalmente as da nação Ketu,
podendo inclusive ocorrer a presença de outras entidades no panteão que não são
encontrados nas demais vertentes da Umbanda (Oxalufã, Oxaguiã, Ossain, Obá,
Ewá, Logun-Edé, Oxumaré).
Linhas de
trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as),
de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá,
Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as),
Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente
aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de
complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada,
machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens dos
Orixás na representação africana, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques
nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de
iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas nos
Candomblés, incluindo o sacrifício de animais, podendo ser encontrado, também,
curimbas cantadas em línguas africanas (banto ou iorubá).
Umbanda
Eclética Maior
Outros
nomes: Não possui.
Origem: É a
vertente fundamentada por Oceano de Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais
conhecido como mestre Yokaanam, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 27/03/1946,
com a fundação da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são a sede da
fraternidade e suas regionais.
Orixás:
Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo
que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições
africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a
existência de pelo menos nove Orixás: Oxalá, Ogum, Ogum de Lei, Oxóssi, Xangô,
Xangô-Kaô, Yemanjá, Ibejês e Yanci, sendo que um deles não existe nas tradições
africanas (Yanci) e alguns deles seriam considerados manifestações de um Orixá
em outras vertentes (Ogum de Lei/Ogum e Xangô-Kaô/Xangô).
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, fortemente
associadas a santos católicos: de São Jorge (Ogum), de São Sebastião (Oxóssi),
de São jerônimo (Xangô), de São João Batista (Xangô-Kaô), de São Custódio
(Ibejês), de Santa Catarina de Alexandria (Yanci) e São Lázaro (Ogum de Lei).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as),
Pretos(as)-Velhos(as), e Crianças.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso de uma cruz, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, velas,
porém os atabaques, as guias, as bebidas e fumo não são utilizados nas
cerimônias.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “Evangelho de Umbanda”; “Manual do instrutor eclético universal”;
“Yokaanam fala à posteridade”; e “Princípios fundamentais da doutrina
eclética”.
Aumbhandã
Outros
nomes: É também conhecida como: Umbanda Esotérica; Aumbhandan; Conjunto de Leis
Divinas; Senhora da Luz Velada; e Umbanda de Pai Guiné.
Origem: É a
vertente fundamentada por Pai Guiné de Angola através do seu médium Woodrow
Wilson da Matta e Silva, também conhecido com mestre Yapacani (28/06/1917 –
17/04/1988), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1956, com a publicação do livro
“Umbanda de todos nós”. Sua doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia,
pela Astrologia, pela Cabala e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada
no instrumento esotérico conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves
D’Alveydre e com o qual se acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta
universal que relaciona os símbolos astrológicos, as combinações numerológicas,
as relações da cabala e o uso das cores.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves
livros escritos por Matta e Silva; e as tendas e ordens criadas por seus
discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de sete
Orixás: Orixalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Yori, Yorimá, sendo que dois
deles não existem nas tradições africanas (Yori e Yorimá).
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome
dos Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde
agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as
Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da
Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso de guias feitas de elementos naturais, um quadro com o rosto
de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto
riscado nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “Doutrina secreta da Umbanda”; “Lições de Umbanda e Quimbanda na
palavra de um Preto-Velho”; “Mistérios e práticas da lei de Umbanda”; “Segredos
da magia de Umbanda e Quimbanda”; “Umbanda de todos nós”; “Umbanda do Brasil”;
“Umbanda: sua eterna doutrina”; “Umbanda e o poder da mediunidade”; e “Macumbas
e Candomblés na Umbanda”.
Umbanda
Guaracyana
Outros
nomes: Não possui.
Origem: É a
vertente fundamentada pelo Caboclo Guaracy através do seu médium Sebastião
Gomes de Souza (1950 – ), mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São
Paulo, SP, em 02/08/1973, com a fundação da Templo Guaracy do Brasil.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são os Templos
Guaracys do Brasil e do Exterior.
Orixás: Nesta
vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados em relação às tradições africanas, havendo, entretanto, uma
ligação dos mesmos com elas. Considera a existência de dezesseis Orixás,
divididos em quatro grupos, relacionados aos quatro elementos e aos quatro
pontos cardeais: Fogo/Sul (Elegbara, Ogum, Oxumarê, Xangô), Terra/Oeste
(Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe, Obá), Norte/Água (Nanã, Oxum, Iemanjá, Ewá) e
Leste/Ar (Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá).
Linhas de
trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de
Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as),
Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros,
Ciganos(as), Exus e Pombagiras.
Ritualística:
Roupas coloridas (na cor do Orixá) são a vestimenta usada pelos médiuns durante
as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas e atabaques nos
trabalhos, porém não são utilizadas imagens e bebidas nas cerimônias.
Umbanda
dos Sete Raios
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a
vertente fundamentada por Ney Nery do Reis (Itabuna, (26/09/1929 – ), mais conhecido
como Omolubá, e por Israel Cysneiros, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em
novembro de 1978, com a publicação do livro “Fundamentos de Umbanda – Revelação
Religiosa”
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são as obras escritas
por Omolubá e as tendas criadas por seus discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados em relação às tradições africanas. Considera a existência de
doze Orixás, divididos em sete raios: 1º raio, Iemanjá e Nanã; 2º raio, Oxalá;
3º raio, Omulu; 4º raio, Oxóssi e Ossãe; 5º raio, Xangô e Iansã; 6º raio, Oxum
e Oxumaré; e 7º raio, Ogum e Ibejs.
Linhas de
trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de
Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as),
Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Orientais, Boiadeiros, Baianos(as),
Marinheiros, Ciganos(as), Pilintras, Exus e Pombagiras.
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente
aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de
complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada,
machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens de
entidades, fumo, defumadores, velas, bebidas, pontos riscados e atabaques nos
trabalhos.
Livros
doutrinários: Esta vertente possui os seguintes livros e periódicos como fonte
doutrinária: “ABC da Umbanda: única religião nascida no Brasil”; “Almas e
Orixás na Umbanda”; “Cadernos de Umbanda”; “Fundamentos de Umbanda: revelação
religiosa”; “Magia de Umbanda: instruções religiosas”; “Manual prático de jogos
de búzios”; “Maria Molambo: na sombra e na luz”; “Orixás, mitos e a religião na
vida contemporânea”; “Pérolas espirituais”; “Revista Seleções de Umbanda”;
“Tranca Ruas das Almas: do real ao sobrenatural”; “Umbanda, poder e magia:
chave da doutrina”; e “Yemanjá, a rainha do mar”.
Aumpram
Outros
nomes: É também conhecida como: Aumbandhã; e Umbanda Esotérica.
Origem: É a
vertente fundamentada por Pai Tomé (também chamado Babajiananda) através do seu
médium, Roger Feraudy (1923 – 22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em
1986, com a publicação do livro “Umbanda, essa desconhecida”. Esta vertente é
uma derivação da Aumbhandã, das quais foi se distanciando ao adotar os
trabalhos de apometria e ao desenvolver a sua doutrina da origem da Umbanda:
considera que esta religião surgiu a 700.000 anos em dois continentes míticos
perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo
planetário. Nestes continentes, os terráqueos teriam vivido junto com seres
extraterrestres, os quais teriam ensinado aqueles sobre o Aumpram, a verdadeira
lei divina.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os livros
escritos por Roger Feraudy; e as tendas e fraternidades criadas por seus
discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7
Orixás da Umbanda Esotérica (Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yori e
Yorimá) e mais Obaluaiê, o qual consideram o Orixá oculto da Umbanda.
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome
dos 7 Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde
agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as
Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da
Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso da imagem de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, cristais
e incensos nos trabalhos, porém as guias e os atabaques não são utilizados nas
cerimônias.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes
doutrinárias: “Umbanda, essa desconhecida”; “Erg, o décimo planeta”; “Baratzil:
a terra das estrelas”; e “A terra das araras vermelhas: uma história na
Atlântida”.
Ombhandhum
Outros
nomes: É também conhecida como: Umbanda Iniciática; Umbanda de Síntese; e
Proto-Síntese Cósmica.
Origem: É a
vertente fundamentada pelo médium Francisco Rivas Neto (1950 – ), mais
conhecido como Arhapiagha, surgida em São Paulo, SP, em 1989, com a publicação
do livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”. Esta vertente começou como uma
derivação da Umbanda Esotérica, porém aos poucos foi se distanciando cada vez
mais dela, conforme ia desenvolvendo sua doutrina conhecida como movimento de
convergência, que busca um ponto de convergência entre as várias vertentes
umbandistas. Nela existe uma grande influência oriental, principalmente em
termos de mantras indianos e utilização do sânscrito, e há a crença de que a
Umbanda é originária de dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida,
que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o livro
“Umbanda: a proto-síntese cósmica”; a Faculdade de Teologia Umbandista, fundada
em 2003; o Conselho Nacional da Umbanda do Brasil, fundado em 2005; e as tendas
e ordens criadas pelos discípulos de Rivas Neto.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7
Orixás da Umbanda Esotérica, associados, cada um deles, a mais um Orixá, de
sexo oposto, formando um casal: Orixalá-Odudua, Ogum-Obá, Oxóssi-Ossaim,
Xangô-Oyá, Yemanjá-Oxumaré, Yori-Oxum, Yorimá-Nanã. Por esta associação nota-se
que alguns Orixás tiveram seu sexo modificado em relação a tradição africana
(Odudua e Ossaim).
Linhas de
trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome
dos Orixás principais do par: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de
Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os
Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da
Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras de Umbanda e
a roupa preta, associada ao vermelho e branco, nas de Exu, sendo admitidos o
uso de complementos por sobre a roupa dos médiuns, tais como cocares de
caboclos. Nela encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais,
atabaques e tábuas com ponto riscado nos trabalhos.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa o seguinte livro como principal fonte
doutrinária: “Umbanda: a proto-síntese cósmica”.
Umbanda
Sagrada
Outros
nomes: Não possui.
Origem: É a
vertente fundamentada por Pai Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da
Lei e da Vida, através do seu médium Rubens Saraceni (1951 – ), surgida em São
Paulo, SP, em 1996, com a criação do Curso de Teologia de Umbanda. Sua doutrina
procura ser totalmente independente das doutrinas africanistas, espíritas,
católicas e esotéricas, pois considera que a Umbanda possui fundamentos
próprios e independentes dessas tradições, embora reconheça a influências das
mesmas na religião.
Foco de
divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o Colégio de
Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, fundado em 1999; o Instituto Cultural
Colégio Tradição de Magia Divina, fundado em 2001; a Associação Umbandista e
Espiritualista do Estado de São Paulo, fundada em 2004; os livros escritos por
Rubens Saraceni; o Jornal de Umbanda Sagrada editado por Alexandre Cumino; o
programa radiofônico Magia da Vida; e os colégios e tendas criadas por seus
discípulos.
Orixás:
Nesta vertente os adeptos podem realizar o culto aos santos católicos da
maneira que melhor lhes convier e os Orixás são entendidos como manifestações
de Deus que ocorreram sobre diferentes nomes em diferentes épocas, sendo
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de
catorze Orixás agrupados como casais em sete tronos divinos: Oxalá e Logunan
(Trono da Fé); Oxum e Oxumaré (Trono do Amor); Oxóssi e Obá (Trono do
Conhecimento); Xangô e Iansã (Trono da Justiça); Ogum e Egunitá (Trono da Lei);
Obaluaiê e Nanã (Trono da Evolução); e Iemanjá e Omulu (Trono da Geração). Os
sete primeiros de cada par são chamados Orixás Universais, responsáveis pela
sustentação das ações retas e harmônicas, e os outros sete, Orixás Cósmicos,
responsáveis pela atuação corretiva sobre as ações desarmônicas e invertidas,
sendo que alguns deles seriam considerados manifestações do mesmo Orixá nas
tradições africanas (Obaluaiê/Omulu e Iansã/Egunitá).
Linhas de
trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de
Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as),
Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias,
Povo(s) do Oriente, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, atabaques,
imagens e pontos riscados nos trabalhos.
Livros
doutrinários: Esta vertente usa toda a bibliografia publicada por Rubens
Saraceni, tendo os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A
evolução dos espíritos”; “A tradição comenta a evolução”; “As sete linhas de
evolução”; “As sete linhas de Umbanda: a religião dos mistérios”; “Código de
Umbanda”; “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”; “Formulário de consagrações
umbandistas: livro de fundamentos”; “Hash-Meir: o guardião dos sete portais de
luz”; “Lendas da criação: a saga dos Orixás”; “O ancestral místico”; “O código
da escrita mágica simbólica”; “O guardião da pedra de fogo: as esferas
positivas e negativas”; “O guardião das sete portas”; “O guardião dos caminhos:
a história do senhor Guardião Tranca-Ruas”; “Orixá Exu-Mirim”; “Orixá Exu:
fundamentação do mistério Exu na Umbanda”; “Orixá Pombagira”; “Orixás: teogonia
de Umbanda”; “Os arquétipos da Umbanda: as hierarquias espirituais dos Orixás”;
“Os guardiões dos sete portais: Hash-Meir e o Guardião das Sete Portas”;
“Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos”; e “Umbanda Sagrada:
religião, ciência, magia e mistérios”.
Abaixo segue a versão gráfica, simplificada, das vertentes acima descritas, de acordo com seu surgimento, bem como uma possível fonte de interrelacionamento entre elas. As vertentes foram, ainda, relacionadas à antiga nomenclatura usada para diferenciar os tipos de Umbanda, que são:
Umbanda
Branca – agrupa as Umbandas que seguem uma doutrina mais próxima do
espiritismo-catolicismo, utilizando inclusive os livros da doutrina espírita
como fonte doutrinária, onde os médiuns se vestem apenas de branco e onde não
há uso de atabaque, não há gira para Exus, Pombagiras, Malandros e quaisquer
entidades quimbandeiras e não há uso de sacrifícios de animais;
Umbanda
Branca Esotérica – caso particular das Umbandas Brancas, pois além de possuírem
as características acima, também fazem uso de práticas consideradas de cunho
esotérico-ocultista (cristais, numerologia, mantras, meditação, etc);
Umbanda
Cruzada – contração da antiga expressão Umbanda cruzada com Quimbanda, agrupa
as Umbandas onde, além das giras para as entidades da Umbanda, também ocorre
gira para as entidades que originalmente faziam parte apenas da Quimbanda
(Exus, Pombagiras, Malandros e outras entidades quimbandeiras), caso nos quais
os médiuns eram autorizados a usar roupas escuras (especialmente a preta) para
incorporar essas entidades e era normal fecharem o Gongá com uma cortina
durante o trabalho deles, sendo possível encontrar nessas Umbandas a prática do
sacrifício de animais para oferendar as entidades quimbandeiras;
Umbanda
Traçada – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma contração da
antiga expressão Umbanda Cruzada Traçada com Candomblé, pois agrupa as Umbandas
Cruzadas que possuem doutrinas, ritos e práticas originários das tradições
africanas, principalmente aquelas oriundas dos diversos Candomblés, sendo
possível encontrar, dentro delas, a prática do sacrifício de animais para os
Orixás;
Umbanda
Esotérica – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma contração da
antiga expressão Umbanda Cruzada Esotérica, pois agrupa as Umbandas Cruzadas
que também fazem uso de práticas consideradas de cunho esotérico-ocultista
(cristais, numerologia, mantras, meditação, etc).
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