PERGUNTA:
E então o que são esses vários exus do meio umbandista, dos mais
diversos nomes: Pinga-fogo, Exu-mirim, Exu do Mar, Exu Gira Mundo, Caveira,
Bará, Pedra Negra, Veludo, e outros?
VOVÓ MARIA CONGA: - Os exus originais, agentes mágicos universais, não têm um
corpo astral, não são um princípio espiritual encarnante e não se manifestam
mediunicamente, assim como os orixás. Os orixás seriam os positivos
e os exus os negativos, se estivéssemos falando de polaridades energéticas aos
filhos. Mas a
par disso, existem entidades que trabalham na linha vibratória de determinados
Exus, e, por associação, passaram a ser identificados com esses nomes, assim
como os guias e protetores atuam nas linhas vibratórias dos orixás, e são
indevidamente tornados como sendo a própria vibração deles.
Alguns nomes
podem parecer estranhos para a compreensão dos filhos mais sensíveis, mas
realmente assim o são. Ocorre que há uma confusão entre vibração e entidade. Embora
os espíritos que atuem na egrégora umbandista tenham a denominação de exus, não
o são verdadeiramente, pois a vibração de exu em si não se relaciona com o
mundo da forma diretamente, mas sim por intermédio de entidades
espirituais que atuam como "procuradores" na magia de cada exu, e que
se relacionam com as sete vibrações dos orixás, como falamos inicialmente.
Muitos chefes de terreiro
utilizam-se dessas confusões para locupletarem-se no mando dos agrupamentos que
dirigem, e, escondendo-se em uma falsa inconsciência, dizem estar
"incorporados" de tal e qual orixá, ou este ou aquele exu, gerando
fascinações e obsessões coletivas, caindo terrivelmente nas mãos das
organizações de baixa envergadura moral do Umbral Inferior.
Verdadeiramente, verificamos quão
distorcido é o conceito sobre a figura dos exus e, por associação, passaram a
ser identificados com esses nomes. Há uma imagem pejorativa de
exu, o que fez com que uma gama de espíritos de certa evolução que vieram à
Umbanda desempenhar funções mais terra-a-terra, próprias da linha vibratória de
exu, fossem equiparados a falangeiros do mal, sendo até hoje simbolizados por
figuras grotescas, com chifres, rabos, pés de bode, tridentes, sendo tal imagem
do mal, como do diabo em pessoa, pertinente a outros segmentos religiosos e
decorrente do sincretismo, não da verdadeira Umbanda.
São os genuínos exus da Umbanda que garantem a
segurança dos trabalhos, mantêm a organização e a disciplina e são grandes
"combatentes" quando em atividades socorristas e de resgates nas
organizações malévolas do Umbral Inferior.
Os espíritos
que "baixam" em alguns terreiros dizendo serem exus - galhofeiros,
imorais, deselegantes, de vocabulário impróprio, xingando, enfim, tumultuando o
ambiente - não são exus, mas espíritos doentes, kiumbas obsessores, que
comparecem, ou por invigilância do médium e consulente, ou pela baixa
moralidade do grupo mediúnico. Mas essas invasões também ocorrem
fingindo-se de caboclos e pretos velhos, pois esses espíritos são
mistificadores e tentam fingir o que não são, em processo de assédio para
conturbar os trabalhos. É fruto da ignorância dos homens, das suas ambições e
vaidades mesquinhas, a exploração desses irmãos doentes, os kiumbas, que em
escambos ilícitos moralmente, se fazem presentes nas vampirizações fluídicas,
tornando alguns terreiros balcão que a tudo resolvem por meio dos despachos
pagos e rituais macabros, e em total discordância com as Leis Divinas e de
merecimento individual de cada um. Exu não é o diabo.
Exu respeita o carma de cada cidadão e não faz
nada que contrarie o livre-arbítrio e o merecimento de cada criatura (2).
2 - Para maiores esclarecimentos dos
leitores interessados na atuação das entidades denominadas "exus" na
Umbanda, indico a leitura do livro "Mandinga" - Editora Cristális,
obra mediúnica de Edson Gomes ditada pelo exu Serra Negra. Cumpre ressaltar a
atuação dessas entidades, que respeitam rigorosamente nosso livre-arbítrio e
merecimentos individuais, e só agem para restabelecê-los, quando distorcidos
por feitiços e magias negras.
Ressalta
Serra Negra: "Em nenhum momento, a responsabilidade dos personagens pelos
seus destinos é delegada a este ou aquele espírito, encarnado ou não. Vale
dizer, que atuação do mal só se faz em terreno apropriado para seu
cultivo e proliferação."
PERGUNTA: - É perigoso se trabalhar com exu?
VOVÓ MARIA CONGA: Os
exus da Umbanda não têm nada a ver com espíritos maldosos, embora não sejam o
melhor exemplo de delicadeza amorosa aos olhos dos filhos. São
espíritos um tanto endurecidos pela excessiva vivência passada nos rituais de
enfeitiçamentos da magia negra, pois já foram destemidos magos. Têm para si
pesados carmas gerados por eles próprios, e evoluem no caminho do bem como
todos. Realizam
desmanchas e mantêm a integridade física, etérica e astral dos médiuns a que se
vinculam por compromissos evolutivos mútuos e por fortes laços de
ancestralidade,
pois ambos já se serviram nos descaminhos da magia usada em proveito próprio e
para desgraça de outrem. São eficazes "exaustores",
preservando os médiuns de energias deletérias.
O perigo está em cada
um, pois é com o arado interno que se estabelecerão as ervas daninhas e os inças,
ou as flores e plantas ornamentais, no terreno cultivado pelos filhos à maneira
de jardim da vida.
PERGUNTA: O que é entidade e o que são artificiais?
VOVÓ MARIA CONGA: Entidade
é um espírito que um dia habitou a carne e que evolui nas várias coletividades
espirituais da aura planetária da Terra. Artificiais são
formas-pensamentos geralmente enfermiças, oriundas das mentes doentias dos
encarnados, densas, e que são manipuladas pelos magos negros. Têm a aparência
astral humana, como se fossem espíritos desencarnados. Algumas, em engenhosas
obras de tecnologia maligna, apresentam "emoções" e
"sentimentos", acompanhadas de movimentos próprios como se tivessem
vida, e são habilmente manipuladas em terríveis rituais de magia negra.
(Do Livro “EVOLUÇÃO NO PLANETA
AZUL” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do
Conhecimento)
Continua...
bem legal o texto.. parabéns amiga
ResponderExcluirOi Tati, na verdade essa é a parte 2, já poste a um e continua, como o texto é meio longo, optei por dividí-lo em partes para facilitar a leitura e o entendimento. É do grande Mestre Ramatis dessa vez auxiliado pela Amada e Sábia Vovó Maria Conga. Namastê!!!
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