quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FÍSICA CÓSMICA UNIVERSAL



"A primeira e básica idéia da Filosofia Hermética é o axioma "aquilo que está em cima é como o que está embaixo". Uma analogia ao macrocosmo, o "corpo" de Deus na infinitude universal, com seus meteoros, satélites, astros, estrelas, constelações e galáxias em relação ao corpo humano, com suas células, bactérias, resíduos metabólicos, órgãos e mente; o mundo grande, que é o Cosmo, e o pequeno mundo, que é o homem, correIacionados pela Lei de Correspondências Vibracionais. Nos escritos daquele sábio, está expresso que o Cosmo é feito à imagem de Deus; logo, o homem à imagem do Cosmo. Os sábios e os sacerdotes iniciados da Atlântida já conheciam plenamente essas interações cósmicas.

O conhecimento dos centros de força remonta a épocas milenares. Esses vórtices energéticos, em número de sete principais, existentes como centros de força no corpo astral, denominados chacras, isto é, "discos giratórios", no corpo etérico, estão relacionados com o corpo físico através do que chamais de plexos e situam-se exatamente em cima de entrelaçamentos encadeados como redes de vasos, filetes de nervos e gânglios do sistema nervoso autônomo, na altura da cabeça, testa, garganta, coração, estômago, baço e genitália. Esses plexos nervosos lembram teias de aranha quando vistos amplia dos. São autênticos transformadores de energia vital, haurindo essas energias dos planos vibracionais mais elevados e mais sutis e encaminhando-as para o corpo físico. Não retornaremos ao estudo dos chacras, minuciosamente já enunciados em obras anteriores. Abordaremos a relação desses vórtices energéticos do homem com os existentes em vossa galáxia ou constelação; do macrocosmo, o "corpo" de Deus, com o microcosmo, que é o corpo do homem. Para a harmonia no Cosmo, se faz necessário o intercâmbio energético entre os sete campos ou planos vibratórios interpenetrados, previstos pela Lei das Correspondências Vibracionais. Assim como, no homem, existem grandes vórtices energéticos no Espaço, conhecidos em vossa física terrena por "buracos negros". Preferimos chamá-los de "chacras cósmicos", numa comparação um pouco tosca, mas procedente ao vosso entendimento. (Na verdade, é como se estivésseis sentados numa carroça puxada por burricos, tentando compreender o mecanismo hodierno de funcionamento de um avião muito veloz, que passou por vós deixando-vos atordoados pelo estrondo da quebra da barreira do som). Como há um princípio dualista no equilíbrio dos planos vibratórios no Universo, do material com o imaterial, do plano denso com o plano rarefeito e vice-versa, esses chacras cósmicos foram previstos pelos engenheiros siderais, arcanjos co-criadores do Pai, como grandes transformadores de energia, de dupla ação: por um lado, condensando as energias mais sublimadas do Éter universal, adaptando-as ao campo de energia em que vos encontrais - o Universo físico - e, por outro lado, passando à matéria como conheceis ao Todo cósmico.

Um aparente colapso da matéria, ocasionado pela expansão da massa, que é fluido cósmico universal compactado, e retoma ao seu estado original de energia livre do nosso lado da vida. Há uma transferência de energia entre os planos vibracionais, que se encontram interpenetrados. É como se um corpo material na vossa dimensão aumentasse a freqüência vibratória de sua massa até sumir aos vossos olhos, desfazendo a energia compactada que dá forma à matéria em vosso meio, havendo uma transmutação em decorrência da adaptação do campo de energia ao plano vibracional da outra dimensão, e vice-versa.

Esse "colapso" também é decorrência da falsa ausência de campo eletromagnético nessas zonas de trocas, quando submetidos ao exame de vossas hodiernas aparelhagens e sondas espaciais. Esse intercâmbio energético entre os campos vibracionais do Cosmo ainda está muito além de vossa atual capacidade de compreensão e não nos é permitido, por nossos Maiorais, adentrarmo-nos em detalhamentos mais aprofundados, justamente, por falta de correspondência em vosso campo de conhecimento atual. O equilíbrio vital de toda a vida, em todos os orbes, depende desses grandes vórtices energéticos, chacras cósmicos do "corpo" de Deus.

Todas as coisas são criadas pela vontade e comando da mente criadora de Deus, e essa essência é a primeira substância a formar tudo no Universo, o que denominais hodiernamente de fluido cósmico universal. A Lei das Correspondências Vibracionais, do semelhante afinado com o semelhante, pode fazer desaparecer as manifestações doentias, ou seja, as moléstias. São os semelhantes manipulados, com suas consequências manifestando-se na dualidade dos contrários, em correspondência com a Lei de Causa e Efeito. Este é o princípio da homeopatia, que nas suas dinamizações consegue eterizar a matéria primeira do semelhante, que é o agente causador do desequilíbrio, manipulando-a para a cura, a saúde, em contrapartida à doença; pressuposto alquímico usado em benefício dos seres criados pela mente criadora que está acima de tudo.

A Lei de Causa e Efeito e a geração do carma nada mais são que o semelhante curando o semelhante, confrontando-o com o seu saldo credor ou devedor de vidas passadas. Os pensamentos, os atos praticados, as ações volitivas na zona dos sentimentos, serão a mola propulsora. Na física cósmica, essas ações, irremediavelmente, atrairão igual reação em sentido contrário, trazendo ventura ou acarretando desgraças, na proporção dualística entre o bem e o mal que foram as causas e deles resultaram.

Quando souberdes do nascimento de um rebento em estado teratológico e da grande revolta da mãezinha contrariada, sede condescendentes com o problema. Não julgueis precipitadamente, pois a Justiça Divina, no mais das vezes, vos é incompreensível nesse suspiro reencarnatório, que é o espaço de uma existência. Existe um determinismo regulador da harmonia cósmica que vos catapulta à evolução, não sendo nem bom nem mau, nem beneficiador e nem punitivo, nem positivo e nem negativo, pois é neutro. O vosso livre-arbítrio e a liberdade de pensamentos da mente, prerrogativa cósmica dos filhos de Deus, os levarão para um lado ou outro. Devem ser educados dentro das verdadeiras leis, harmônicas e altruísticas, que determinam a ascese à plenitude espiritual.

A correspondência atrativa do semelhante com semelhante, positivo com positivo, negativo com negativo, permitindo abrigar uma série de fenômenos, espirituais, mentais e físicos, é designação das propriedades dos campos vibracionais e característica da força magnética no Astral, que propicia todos os fenômenos do magnetismo. É a força a vos conduzir pela mão firme das afinidades, aos áridos desertos sem água e sem camelo ou às florestas verdejantes de lagos cristalinos em castelos de segurança e paz. Por isso, um dos ensinamentos da "Tábua de Esmeralda" dos alquimistas, que apresenta a teoria alquímica e onde os escritos herméticos estão grafados em termos de filosofia mística, diz: "Deveis separar a terra do fogo e o sutil do rude ou grosseiro"; simbolicamente, o mais denso, material, do espiritual e mental.

Para conseguirmos proceder com o efeito desejado na cura, no socorro, no soerguimento das criaturas, utilizamo-nos do magnetismo, além da forma por vós conhecida tradicionalmente; de polarização das cargas positivas e negativas despolarizadas, desequilibradas. Utilizamo-nos desse recurso junto aos campos vibracionais para dissociação, no sentido de disjunção, de desacoplamento, como técnica magnética que separa os corpos, mediadores plásticos da vida do espírito na carne ou no Astral. Essa técnica magnética separatória poder-se-ia denominar desdobramento provocado, sendo-vos mais familiar esta nomenclatura. O desdobramento espontâneo é aquele que ocorre de maneira natural durante o sono físico do encarnado. À semelhança de um estilingue finamente trabalhado pelo marceneiro no evo dos tempos, quanto maior é a extensão da tira elástica que arremessa a pedra ao alto, tanto maior o impulso que solta os corpos mediadores. Quanto mais lapidados estiverem os instintos e os sentimentos inferiores do ego, menor será a força que o mantém preso à imantação das cargas contrárias, positivas com negativas, comuns no invólucro carnal, que é tanto mais intensa quanto mais próximo da crosta do orbe. Isso é oriundo das leis físicas cósmicas, onde as cargas de mesmo sinal se atraem e de sinal diferente se repelem.

Diante da força atrativa, que une um específico corpo a outro, agimos com cargas contrárias, de sinal diferente, gerando a força repelente, separando os corpos visados, que antes estavam unidos magneticamente. Conforme o trabalho de caridade que estivermos participando e do local planejado, para o qual temos que nos deslocar, utilizamo-nos do corpo correspondente, separado do equipo físico do instrumento mediúnico. Podemos estar em incursões nos charcos trevos os e cidades umbralinas, abaixo da crosta planetária, em atividades de varredura energética, de remoção e de recomposição dos irmãos com deformações perispirituais; nesses casos nos utilizamos principalmente do corpo etérico. Em outras ocasiões, estaremos acompanhando grupo de estudos em paragens onde o pensamento é perene, fazendo-se necessário o corpo mental. Nas atividades de transporte, de mudança de localidade astralina, acopla-se o corpo astral do medianeiro às entidades resgatadas. Mais adiante, discorreremos detalhadamente sobre essas incursões astrais. Para melhor compreensão e assimilação no âmbito geral, nessas singelas exposições, não trataremos desta ação nos sete campos existentes. Doravante, nos referiremos aos corpos físico, etérico, astral e mental.

É tudo muito simples, não fazendo-se necessário adotar termos mais complexos e pomposos, que, no fundo, escondem uma falsa aura de saber e especialização, tão habituais ainda no vosso meio acadêmico científico e em alguns sábios terrenos; tão infreqüentes na sabedoria da Espiritualidade. Com o avanço da experimentação científica no meio espiritualista e a paulatina adesão do meio médico, essas técnicas, aliadas ao exercício mediúnico e à fenomenologia, se predispõem à escrita e verborragia difíceis, dispensáveis, necessárias somente aos egos ainda eivados de vaidade e interesses mundanos, características decorrentes de condicionamentos antigos, que estão no inconsciente, caracterizando uma disputa divisionista, totalmente dispensável. Esquecem-se de que essas técnicas indutivas sempre foram e serão utilizadas pelos espíritos benfeitores do orbe, desde épocas imemoriais, independente de credos, religiões ou raças, roem o fino tecido que só é usado em ocasiões festivas, as larvas podem roer o canteiro mental escassamente cultivado. Novas explicações que fogem ao instituído, levando-vos a uma compreensão mais dilatada, de acordo com vossas capacidades de entendimento, "baixarão" da Espiritualidade, tornando-vos mais livres, espiritualizados e místicos. A lição de a mente não estar presa a conceitos empoeirados, principalmente na pesquisa da psique humana e dos fenômenos psíquicos não aceitos pelos cientistas, é muito necessária à ciência terrícola, tão deficitária de humildade em seus pesquisadores. A perquirição humilde será a prima essência que moverá a pesquisa comprometida com as verdades ocultas.

Atentem ao fato de que, assim como na época da codificação da doutrina espírita, começarão a jorrar, da fonte do Altíssimo, novos ensinamentos e conceitos que se completarão e se confirmarão, em diversas localidades de vosso orbe, comprovadamente verídicos e sem estarem relacionados na sua formulação. Será como um guia epistemológico do Astral, a baixar nas lides científicas terrícolas. Caracterizar-se-á como um compilado crítico de natureza e procedência vária, fundamentado na experimentação fenomenológica de laboratório. Determinará as novas verdades das ciências espirituais ao alcance do entendimento dos homens. Discorremos, habitualmente, utilizando-nos de alguns recursos de linguagem figurada e de cunho mais simbólico, planejadas para alargar vossas concepções, tão presas às formas que vos envolvem, que embotam a capacidade de abstração, faculdade perceptiva ainda escassa em vós, e para mostrar-vos que a ânsia de conhecimento é inerente à existência do homem, embora com novos prismas, ao ritmo oscilatório pendular do relógio da Eternidade.

O Cristo-Jesus, psicólogo, cientista, físico, engenheiro e arquiteto sidéreo, a acompanhar a evolução planetária desde antes da existência do orbe, se fazia entender quando da sua estada terrena, pela singeleza e simplicidade das parábolas, acessíveis aos homens mais incultos e comuns. Explicava que "o seu reino não era desse mundo", ensinando quanto à natureza espiritual que reside no homem, e não aos fatos transitórios concernentes à matéria ilusória. Não adentrava em maiores conhecimentos ocultistas. A sua oratória, que a todos magnetizava, como se fosse medicamento, levava a medida certa do entendimento, fiel posologia divina. Fazia-se método essencial à absorção dos assuntos mais transcendentes, diante da muralha dos ouvintes ignorantes e rústicos, tão apegados às questiúnculas da vida cotidiana: comer, beber, dormir e locupletar-se nos prazeres do corpo. Naquele momento existencial da humanidade, deixou para o futuro o descortinar dos mistérios ocultos."


Texto Do Livro “Chama Crística” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

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