quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AGENTES MÁGICOS (EXUS) E SEUS ARCANOS - PARTE III





PERGUNTA: Alguns chefes de terreiro dizem que os exus são elementais. Isso sendo verdadeiro, exu sendo um elemental mesmo que diferente dos outros elementais da natureza como os silfos ou fadas, seria possível a incorporação nos médiuns?

VOVÓ MARIA CONGA: Exus não são energias elementais ligadas aos quatro elementos da natureza: ar, terra, fogo e água. Igualmente não são espíritos da natureza.

Os filhos devem se dar conta de que existem três verdades diferentes, que são: energias e energias elementais; formas-pensamentos elementares e espíritos da natureza:

1) As energias primárias da natureza ou elementais são em quatro modalidades e ligadas aos elementos: ar, terra, fogo e água. Pairam em todos os recantos, concentrando-se nos sítios vibracionais mais selváticos do planeta, nas cachoeiras, matas, praias, pedreiras, rios, lagoas...

2) As formas-pensamentos elementares são substâncias etéricas, um tipo de poluição psíquica que "inunda" os grandes aglomerados humanos. Estão relacionadas com as mentes doentias que incessantemente as emitem, relacionadas com sexo, vícios variados, ódios, egoísmo... Os pensamentos superiores e benfazejos, como os emitidos em prece, por terem uma freqüência mais alta não "sujam" a aura planetária, sendo instrumentos de higienização quando emitidos coletivamente.

3) Por último, temos os espíritos da natureza, erroneamente chamados de elementais.  São um reino da natureza espiritual, ainda sem direito a encarnação em corpos humanos, que "habitam" as energias elementais referentes aos elementos do fogo, do ar, terra e água: salamandras, silfos, gnomos ou duendes, e ondinas. Esses espíritos da natureza não possuem a estrutura setenária ou corpos sutis dos homens, e não possuem os chacras como nos filhos. Não é possível a incorporação em médiuns dos espíritos da natureza, pois eles não têm o corpo mental e tampouco pensamento contínuo, além do que os chacras que esses irmãos têm vibram em frequência adversa para o contato com os humanos. Inclusive, por não terem maldade, serem puros no sentido de não discernirem o bem do mal, o contato com os homens em geral não lhes é benéfico. É possível, contudo, serem visualizados por alguns médiuns, antigos magos que em muito exploraram esses irmãos da natureza em proveito próprio, e que hoje estão na Umbanda trabalhando em prol da caridade.

PERGUNTA: - É possível a manipulação desses "artificiais" para o bem? E qual a finalidade de se plasmar uma forma-pensamento como se fosse um corpo astral para se tornar "visível" às manifestações e comunicações psicofônicas?

VOVÓ MARIA CONGA: - Isso é mais comum do que os filhos pensam. Uma mesa com alimentos, um quarto florido com janela aberta ao Sol, um médico que estende a mão, formas conhecidas e amigáveis que estão no inconsciente dos socorridos, podem ser previamente reavivadas como "artificiais" nas atividades de caridade.

Os casos em que se plasma uma forma-pensamento artificial como se fosse um corpo astral, se dão quando entidades de alta estirpe vibratória têm alguma "dificuldade", em repetidos rebaixamentos de frequência para se apropriarem novamente de um corpo mediador, algo um tanto dispendioso energeticamente e nem sempre necessário. Utilizam-se desse recurso, de um "artificial", no lugar de um corpo astral, para darem confiança aos seus médiuns na mecânica de incorporação, o que os filhos podem entender como utilização de um "corpo de ilusão", já que o intercâmbio mediúnico persistirá através do corpo mental da entidade comunicante em "perfeito" encaixe com a mente do médium educado e passivo.

PERGUNTA: Mas se as incorporações se fazem no corpo astral do médium através dos chacras, como se dá no caso desse corpo de ilusão, ou "artificial", que acreditamos não ter a estrutura dos corpos sutis, como os espíritos entidades comunicantes?

VOVÓ MARIA CONGA: Nem toda a comunicação mediúnica necessita da mecânica de incorporação no sentido de acoplamento da entidade comunicante nos centros vibratórios ou chacras dos médiuns. Se tal ocorresse regularmente, como nas consultas que às vezes se delongam por algumas horas de mediunismo, os filhos teriam sérios prejuízos nesses vórtices energéticos, já que a frequência dos chacras dos espíritos, protetores e guias, que não têm mais o corpo etérico, é sensivelmente mais elevada. É como se submetêssemos um transformador de voltagem de mil volts para 100 a uma corrente de 10 mil, o que danificaria a aparelhagem em questão. Faz-se necessária a manutenção do intercâmbio mediúnico pela irradiação intuitiva, através da casa mental. Os "artificiais" ou corpos de ilusão são utilizados como condensadores das energias referentes à posição vibrada da entidade e dos elementos da magia que são manipulados nessas situações.

Continua...

(Do Livro “EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL”  Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)



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